Barra de São Francisco fechou 2020 com saldo positivo de 114 empregos formais, segundo o painel do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O comércio (6,82%) e a construção (41,18%) foram os únicos setores com desempenho positivo.
O comércio, que junto com a indústria e serviços tem maior peso no total, gerou um saldo positivo de 124 vagas no ano passado, enquanto na construção civil foram 28 vagas.
De janeiro até dezembro, foram 1.806 contratações e 1.692 desligamentos, um saldo positivo de 2,04%.
No último mês do ano passado, no entanto, todos os setores tiveram desempenho negativo. O comércio eliminou 16 postos de trabalho formal e o setor de serviços teve 14 demissões a mais do que admissões.
No total, em dezembro foram gerados 92 empregos novos e promovidas 130 demissões, restando um saldo negativo de 38 vagas.
No Espírito Santo, de janeiro a dezembro – o saldo também foi positivo: São 6.812 vagas a mais do que no mesmo período do ano passado. No período foram efetuadas 300.008 contratações e promovidas 293.226 demissões.
Em dezembro, na comparação com novembro, o estoque de empregos diminuiu: Foram gerados 26.806 empregos formais e promovidas 22.228 demissões, um saldo negativo de 1.422 empregos (-0,19%). O número e superior aos de setembro e outubro.
Brasil
O Brasil gerou 142.690 empregos com carteira assinada em 2020, segundo dados do Caged divulgados na semana passada pelo Ministério da Economia.
Esse resultado é a diferença entre as contratações e as demissões. No ano passado, o país registrou 15.166.221 contratações e 15.023.531 demissões.
De acordo com dados oficiais, 2020 foi o terceiro ano seguido com geração de empregos formais. Entretanto, foi o pior resultado para um ano inteiro desde 2017 – quando foram fechadas 20.832 vagas com carteira assinada.
O resultado positivo aconteceu apesar da pandemia de Covid-19. A estimativa mais recente dos economistas dos bancos é de que o PIB brasileiro teria caído 4,3% em 2020. Nos últimos meses, porém, dados já apontam para uma recuperação do nível de atividade e saída da recessão.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a criação de empregos formais em 2020 é uma “grande notícia”.
“Em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, criamos 142 mil novos empregos. A prioridade para o Brasil agora é saúde, emprego e renda. Esperamos que, assim que o Congresso retorne, resolvido o problema das novas lideranças e presidências da Câmara e do Senado, que o Brasil possa avançar com as reformas”, disse Guedes.
Segundo o Ministério da Economia, mesmo com o crescimento dos empregos formais a partir de julho, ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e junho. No período, início da pandemia no país, o Brasil registrou 1,618 milhão de demissões a mais do que contratações.
De julho a novembro, foram abertas 1,46 milhão de vagas com carteira assinada. Com o resultado positivo de janeiro e fevereiro, porém, o ano fechou no positivo — confirmando uma previsão do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em dezembro de 2020, houve fechamento de vagas. Esse é um mês que tradicionalmente há demissões de trabalhadores com carteira assinada.
Em dezembro do ano passado, foram fechadas 67.906 vagas formais. No mesmo mês de 2019, por exemplo, as demissões superaram as contratações em 307 mil vagas.
Programa de manutenção do emprego
Segundo o Ministério da Economia, o programa de manutenção do emprego, que possibilitou a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornada com pagamento de uma complementação por parte do governo, ajudou a evitar a perda de vagas em 2020 e, com isso, contribuiu para o resultado do emprego formal nos últimos meses.
De acordo com dados oficiais, 9,84 milhões de trabalhadores tiveram jornada reduzida ou contrato de trabalho suspenso ao longo dos últimos meses. A previsão do governo é de pagar R$ 34,3 bilhões neste ano dentro do programa. Até o momento, R$ 33,4 bilhões foram gastos. Parte dos valores estão sendo pagos em 2021. (Weber Andrade com Caged e Agência Brasil)
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