*Alexandre Mariani
Todos nós carregamos dentro de nós uma criança interior, aquela parte essencial que mantém viva nossa capacidade de sonhar, de se maravilhar com as pequenas coisas e de expressar emoções de maneira autêntica.
Reconhecer essa criança não significa nos infantilizar, mas sim nos reconectar com as raízes da nossa essência, com o que nos fazia sorrir sem motivo, com as esperanças e os sonhos que um dia tivemos.
Amar essa criança interior é cuidar da parte mais vulnerável e pura de nós mesmos.
É lembrar que, por trás de todas as máscaras que vestimos ao longo da vida adulta — seja no trabalho, nas responsabilidades familiares ou nos papéis sociais que assumimos — existe um eu que só quer ser ouvido, cuidado e acolhido.
Quando nos permitimos olhar para dentro e conversar com essa criança, estamos nos permitindo uma cura profunda, abrindo espaço para o autocuidado e a autoaceitação.
O que você diria para a sua criança interior? Talvez palavras de encorajamento, como “Você é forte”, “Você é amado” ou “Você merece ser feliz”.
Ou talvez seria um pedido de desculpas por todas as vezes em que se esqueceu dela, sufocado pelas pressões e desafios da vida adulta.
De qualquer forma, ao dialogar com essa criança, você estará resgatando partes suas que podem ter sido deixadas de lado, mas que ainda têm um grande valor.
Permita-se amar essa criança, cuidar de seus sentimentos e redescobrir a capacidade de sonhar, de ser gentil consigo mesmo e de abraçar a vida com a leveza que muitas vezes esquecemos.
Afinal, é esse espírito infantil que nos lembra de que a vida pode ser mais leve, mais alegre e cheia de possibilidades, desde que tenhamos coragem de voltar a ouvir nossa própria essência.
*Alexandre Mariani é psicólogo em formação
Comente este post