Textos do jornalista Geraldo Hasse, gaúcho que por muitos anos morou e exerceu sua profissão no Espírito Santo, estão sendo transformados em livro feito em papel reciclado, com gravuras do artista plástico Jorge Solé, que fará o lançamento do trabalho neste sábado (7), às 11 horas, no Restaurante Maresias, em Manguinhos.
São apenas 100 unidades, produzidas de forma artesanal, uma a uma, com sete gravuras, e entregues numa sacola também feita artesanalmente, com uma gravura extra.

“São telas feitas individualmente, então nenhum livro é igual ao outro, embora o tema seja o mesmo”, explica Solé, 75 anos, gaúcho como Hasse e que nutre pelo, ainda, bucólico balneário de Manguinhos um amor com a mesma intensidade de seu conterrâneo.
Solé adotou o Espírito Santo há quase 50 anos, mas, enquanto outros conterrâneos seus trouxeram para os capixabas a arte de fazer churrasco à moda gaúcha, Jorge trouxe uma arte toda própria, de alcance mundial, pintada em acrílico, que roda o mundo. Ele tem ateliê em Manguinhos e também em Vitória.
“Nasci pintando”, costuma dizer Jorge Solé, formado pela Escola de Belas Artes de Rio Grande (RS) há 50 anos. Já fez 135 exposições pelo mundo e tem 38 mil gravuras vendidas “do Japão ao Alaska”. Acervos de municípios e particulares somam mais de 1.300 quadrods dele, que foi o responsável pelo primeiro livro de “papel de lixo reciclado” do Brasil.
Ilustrou 35 poetas e escritores, dentre os quais Carlos Nejar, Gilberto Mendonça Telles, Ledo Ivo, o grande poeta pantaneiro Manoel de Barros e oo amazonense Tiago de Mello, e capixabas como Marien Calixte e Adilson Vilaça. Já fez convites personalizados para Oscar Niemyer e para Fernando Henrique Cardoso.
Tem cartazes nacionais desde o Congresso, passando pela Ufes, Banco Central e duas Campanhas da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Tem estilo próprio, norteado como pintor moderno, com uma grande influência do impressionismo, mas assegura: “Não inventei nada, e também não copiei nada. Sempre fiz arte pela mais pura arte”.
As sete gravuras coloridas do “Álbum Manguinhos”, com textos de Geraldo Hasse, representam de certo modo um reencontro com suas raízes transplantadas para solos capixabas. Para oferecer esse novo trabalho aos capixabas, Solé pintou 700 gravuras. (José Caldas da Costa, da Redação)
SERVIÇO
“Álbum Manguinhos”, de Jorge Solé
100 unidades artesanais, feitas uma a uma, com gravuras pintadas individualmente.
Local: Restaurante Maresias – Avenida Itapuã nº 1, Manguinhos, Serra, ES
Horário: a partir das 11 horas
VEJA VÍDEO:
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