Uma advogada, mulher de um dos chefes do tráfico na região de Carapebus, na Serra, está entre os seis presos pela Polícia em resposta à guerra de facções que vitimou uma família e levou à morte da menina Alice, de 6 anos, no final da tarde deste domingo (24).
Em entrevista coletiva na manhâ desta segunda-feira (25), autoridades das Forças de Segurança informaram que o veículo Peugeot da família foi confundido pelo olheiro do crime com um carro de um membro de facção rival.
Os bandidos bateram com um Argo branco, alugado, contra o veículo da família e, em seguida, atiraram de dentro do carro, atingindo pai, mãe grávida e a menina, que foi alvejada na cabeça.
A tragédia é resultado de uma guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCV) e o Terceiro Comando Puro (TCP) pelo controle do movimento do tráfico de drogas na região litorânea da Serra, compreendida por Bicanga, Balneário da Carapebus e Lagoa de Carapebus .
São as mesmas facções e a mesma guerra que no início do mês vitimou uma manicure, uma adolescente e deixou duas crianças e um adulto feridos na Região da Grande Santa Rita.
A guerra em Carapebus se acentuou neste final de semana. O TCP atacou o PCV, matou um homem e feriu outro na noite de sexta-feira (22).
Durante todo o sábado (23), houve tentativas de vingança do PCV atacando o TCP, até que no domingo houve a tragédia com a família de Alice.
Logo que soube do crime, o governador Renato Casagrande determinou pronta e forte resposta do Estado a mais um capítulo dramático na guerra entre TCP e PCV na Grande Vitória.
A Polícia virou a noite na região, com homens do 6° Batalhão da PM, da 14a Companhia Independente, do Batalhão de Missões Especiais, da Delegacia de Homicídios da Serra e da Polícia Científica.
Foram presos dois mandantes, um deles marido da advogada, apanhada com munições e armas, um olheiro, um piloto de fuga e o executor do crime. (Da Redação)
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