Uma adolescente de 13 anos foi apreendida no último sábado (7) em Linhares, no Norte do Espírito Santo, acusada de torturar o sobrinho de 5 anos. De acordo com a Polícia Civil, as investigações – conduzidas em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) – revelaram que a jovem compartilhou vídeos das agressões em grupos de conversa de redes sociais.
Inicialmente, a adolescente negou envolvimento no crime, mas depois apresentou uma versão diferente dos fatos. Ainda assim, foi comprovado que ela publicou novos vídeos mesmo após ser interrogada.
As autoridades começaram a investigar o caso no dia 3 de outubro, quando as primeiras denúncias chegaram à Polícia Civil. Uma equipe foi enviada ao endereço da família, onde os policiais conversaram com o pai da adolescente. Ele afirmou desconhecer as acusações. Posteriormente, os agentes localizaram a jovem, que negou os fatos e, em seguida, confessou as agressões, alegando estar sendo ameaçada.
Na quarta-feira (04), o Ministério da Justiça recuperou os vídeos que haviam sido postados anteriormente, confirmando que as publicações continuavam. “Diante do risco à integridade física da criança de cinco anos, representamos pela internação da adolescente, e a medida foi deferida pela 2ª Vara da Infância e Juventude de Linhares e cumprida no último sábado (07)”, esclareceu o titular da Delegacia Regional de Linhares, delegado Fabrício Lucindo.
“O pai da adolescente parecia não ter conhecimento do caso. Já a jovem, em um primeiro momento, negou tudo, mas depois criou a versão de que estava sendo coagida a agir dessa forma”, explicou o delegado Fabrício Lucindo, titular da Delegacia Regional de Linhares.
O delegado informou ainda que, além de torturar a criança, a adolescente praticava autolesão, utilizando lâminas de barbear para cortar os braços e as pernas. “A vítima de 5 anos passou por exames de corpo de delito, e os pais dele também foram ouvidos. O caso está finalizado, aguardando apenas o parecer da Polícia Científica”, concluiu o delegado.
A criança foi submetida a exames de lesões corporais, e os pais dela também foram ouvidos no inquérito. O desfecho do caso depende dos laudos periciais realizados pela Polícia Científica, que ainda estão em análise.
(Da Redação com informações da PCES)
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