*José Caldas da Costa
Uma contusão, a primeira e única mais grave de sua jornada, encerrou aos 47 anos de idade, em 2021, a carreira do ponta-direita Ademilson Correa, o veloz e forte atacante que apareceu para o futebol no Comercial de Alegre, depois passou por vários clubes, os principais deles o Botafogo e o Fluminense, mas se tornou o maior ídolo do Tupi, de Juiz de Fora.
Nascido em Itaguaí (RJ), mas criado em Mimoso do Sul, Ademilson está de volta à cidade de sua mãe, onde se dedica a desenvolver as divisões de base do Ypiranga, que faz planos de voltar ao profissionalismo na Segunda Divisão capixaba em 2024 com um time formado pelos jovens talentos comandados pelo “Professor Adê”, mesclados “com seis outros jogadores cascudos”.
Depois de começar os trabalhos nas divisões inferiores do Ypiranga, Ademilson passou também a comandar a preparação do time de futebol feminino que existia na cidade e foi acolhido para defender as cores do clube.
“SÃO JOSÉ”
O goleiro Manga, que brilhou no Botafogo, Internacional e Grêmio e parou jogar aos 45 anos em 1982, no Barcelona de Guayaquil (Equador), é o jogador brasileiro que atuou por mais tempo de que se tem notícia.
Outro goleiro, Fábio, antigo ídolo do Cruzeiro e hoje no Fluminense, vai completar 44 anos em plena atividade neste ano de 1994. O também goleiro Rogério Ceni atuou pelo São Paulo até os 42 anos e 273 dias, quase 43 anos.
Mas o jogador “de linha” mais longevo que se tem notícia no Brasil, atuando profissionalmente, é o nosso Adê, que no início da carreira era chamado de “São José”. E logo você vai saber a razão do apelido.
Antes dele, Júnior jogou no Flamengo até os 39 anos de idade. Cafu encerrou a carreira aos 38, no futebol italiano, mas Zé Roberto atuou com a camisa do Palmeiras até 43 anos e 141 dias e Romário, hoje senador pelo Rio de Janeiro, tinha 41 anos e 276 dias quando jogou pelo Vasco pela última vez.

E por que São José?
“Eu trabalhava na roça, na Fazenda São José, capinava, colhia café, roçava pasto, e nos domingos jogava o Campeonato Rural. Tinha 14 anos de idade, corria muito, fazia muitos gols. Fui campeão lá com 15 anos e chamei a atenção do Sebastião Sobreira, que me levou para o Comercial de Alegre com 17 anos. Cheguei, marcaram um jogo com o Atlético de Jerônimo Monteiro e fiz quatro ou cinco gols, nem me lembro direito. Imediatamente, o Marinho (Marinho Machado, presidente do clube) mandou me contratar. E só me chamavam de São José. Até hoje quando vou em Alegre me chamam de São José”.
Sobre quem é Sebastião Sobreira, juiz de direito nascido em Alegre que chegou a desembargador e presidiu o Tribunal de Justiça do Espírito Santo e que, depois de aposentado, fez do futebol de sua terra sua principal paixão, Ademilson é direto: “Abaixo de Deus, é a pessoa mais importante da minha vida. Acreditou em mim, me deu as oportunidades, me apoiou. Foi como um pai em minha vida”.
No Comercial, com 19 anos, Ademilson se destacou no Campeonato Capixaba de 1994, conquistado pela Desportiva. O time de Alegre fez boa campanha. Entre 16 concorrentes, ficou em 6º lugar, atrás de Desportiva, São Mateus, Estrela do Norte, Muniz Freire e Linhares.
Do Comercial de Alegre, Ademilson foi disputar a Segunda Divisão pelo Mimosense, campeão em 1995. O técnico Marcos Nunes o levou para disputar a Série C pelo Rio Branco (Vitória), onde ficou de 1996 a 1999, quando retornou para disputar o Campeonato Capixaba pelo Comercial.
O time fez uma campanha mediana. Entre 12 competidores, terminou o primeiro turno em 10º lugar e melhorou no returno, subindo para o 7º lugar. Naquele ano, o quadrangular final teve Serra, Rio Branco, São Mateus e Linhares. O Serra foi campeão.

A projeção de Ademilson deu-se mesmo a partir de 1999. Voltou para o Comercial e, depois, disputou o Campeonato Capixaba da Segunda Divisão pelo Alegrense, conquistando o acesso.
O Comercial disputou a Primeira Divisão ainda em 2000 e desistiu de continuar com futebol profissional, sendo substituído pelo Alegrense, que estava parado e foi reativado pelo empresário José Carlos Costa. O time caparoense foi vice-campeão da Segunda Divisão em 2000 no saldo de gols (o campeão foi o Cachoeiro) e bicampeão da Primeira Divisão em 2001 e 2002.
“CARRASCO RUBRO-NEGRO”
Depois de disputar a Copa do Brasil pelo Alegrense (dois empates com o Botafogo – 2 a 2 no Kleber Andrade e 0 a 0 no Caio Martins), Ademilson foi levado para o clube carioca e começou a alavancar sua carreira.
“A situação financeira do Botafogo era muito ruim e o Renato Gaúcho (técnico) me levou para o Fluminense, onde fiquei oito meses. Fomos à final do Carioca e perdemos para o Vasco. Depois, ainda disputei a Copa do Brasil. Fomos eliminados nas oitavas pelo Sport”, conta Ademilson.
No Botafogo, Ademilson fez 23 jogos e marcou sete gols, mas o time foi rebaixado no Campeonato Brasileiro. Depois, em 2003, no Fluminense, ficou conhecido como carrasco do Flamengo, apesar de ter feito apenas 16 jogos pelo tricolor.
Numa goleada de 4 a 0 sobre o rubro-negro, Ademilson fez dois gols. Depois, em outra vitória de 3 a 0, deu o passe para o gol de Fábio Bala e ainda marcou o terceiro gol do jogo.
Torcedor confesso do Flamengo, Ademilson apenas ri quando se lembra desses fatos: “Na hora que a bola rola, a gente esquece de tudo, quer ganhar o jogo. Eu fiquei muito feliz por fazer os gols e ajudar o Fluminense a passar para a final do Campeonato Carioca”.
Suas boas atuações o levaram para o Exterior. Passou um ano e meio pelo futebol mexicano, jogando no Deportivo Irapuato, do estado de Guajanuato, a 330 quilômetros da capital, Cidade do México. De lá, foi para o futebol europeu. “Foi quando ganhei mais dinheiro”, conta o ex-atacante, que jogou no KSC Lokeren, da Bélgica, na temporada 2004/2005.
“Jogar na Bélgica foi uma das melhores coisas de minha vida. O problema era o idioma, ter que falar flamengo, uma língua difícil. Fizemos boa campanha no campeonato da Liga que classificava para a Champions. Fomos eliminados pelo Bruges nas quartas de final.

Um detalhe curioso da carreira de Ademilson é que ele já foi jogador do Atlético Mineiro sem nunca ter vestido a camisa do clube. “O Atlético me contratou, mas nunca sequer treinei por lá. Me emprestaram para o Tombense, o Democrata e depois fui parar no Tupi. Depois que acabou meu contrato com o Atlético, fiquei de vez em Juiz de Fora”, contou.
Sempre goleador, Ademilson só não marcou gols em três times por onde passou, quando voltou da Europa: “No Paysandu, onde disputei a Série A do Brasileiro em 2006, no Cianorte e no Marília, porque me colocaram para jogar como lateral-direito”.
MASSAGISTA TIRA O GOL
Em 2013, defendendo o Tupi, foi o artilheiro do Camponato Brasileiro da Série D, com 12 gols (campeão em 2011, o time foi muito mal na Série C em 2012 e terminou em 20º lugar, retornando à Série D). Aliás, foi nesse ano que ocorreu um lance cujas imagens até hoje correm o mundo.
Na disputa das oitavas de final, contra o Aparecidense, o primeiro jogo, em Goiás, havia terminado em 1 a 1. A segunda partida, em 7 de setembro, no Estádio Mário Helênio, estava 2 a 2 e classificava o visitante quando, aos 44 minutos do segundo tempo, a bola chutada por Ademilson já havia batido o goleiro. O atacante saiu para comemorar e não viu que, próximo à trave, o massagista Romildo Fonseca da Silva, o Esquerdinha, do Aparecidense, havia tirado a bola em cima da linha, como um “bom zagueiro”.
Deu uma confusão das grandes. Ademilson ficou com o abraço no ar, pois todos os seus companheiros passaram por ele para pegar o massagista, que saiu em disparada para o vestiário. (veja o lance https://www.youtube.com/watch?v=lYURwNBTwJ8 )
Pela regra, o massagista seria “agente externo” e foi dada bola ao chão. Dias depois, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) eliminou o Aparecidense e classificou o Tupi, que nas quartas-de-final acabou eliminado pelo Mixto (MT).
Depois disso, a regra mudou. Quem pertencer a uma das duas equipes em campo não é mais “agente externo”. Hoje, se houvesse um lance como aquele, seria marcado pênalti a favor do Tupi.
“As pessoas acabam se lembrando mais de mim por causa desse gol que o massagista saltou do que pelos muitos que fiz em minha carreira”, lembra Ademilson.
VIDA FEITA
Rico não ficou, é o que garante, mas Ademilson Correa atribui ao futebol tudo o que conquistou ao longo de 31 anos, desde que chegou pela primeira vez ao Comercial de Alegre, ainda no sub-17.
“Tenho uma vida tranquila, dei casa para os meus filhos e minha mãe. Se não fosse o futebol, o que eu seria? Estudei somente até a 6ª série, porque trabalhava na roça, lá na Fazenda São José, e naqueles tempos não tinha transporte escolar como hoje em dia. Na Europa foi onde mais ganhei dinheiro, é outro nível, mesmo tendo jogado num time que não é da primeira linha”, observou.

Em Juiz de Fora, talvez não tenha havido outro jogador mais famoso do que o veloz atacante. É o maior artilheiro do Estádio Municipal com 53 gols e o maior artilheiro da história do Tupi, com 97 gols.
Com ele, o Tupi viveu seus melhores dias no futebol e, em 2015, conseguiu o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, voltou para a Série C. Em 2008 o time chegou à sua melhor campanha no Campeonato Mineiro, terminando em terceiro lugar.
Depois de oito anos no Tupi, Ademilson foi para o maior rival, o Tupynambás, onde terminou a carreira e deixou seu nome marcado na história do futebol de Juiz de Fora, ganhando o respeito das duas principais torcidas.
Graças à sua popularidade, Ademilson se tornou cidadão honorário de Juiz de Fora, título recebido dia 16 de setembro de 2011 e, em 2012, em plena atividade profissional, foi lançado candidato a vereador pelo PRB. “Eu não tinha a menor intenção, mas lançaram meu nome”. Sem fazer campanha, teve 127 votos, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Com uma grave contusão e a pandemia, depois de 27 anos de atividade profissional, Ademilson começou a pensar em outros projetos. Na temporada de 2020 defendeu o Tupynambás no Módulo II – Segunda Divisão mineira. No segundo semestre, voltou ao Athletic, de São João Del Rey, como jogador (já havia defendido o clube em 2018) e auxiliar técnico de Cícero Júnior e continuava não pensando em parar.
O agravamento da pandemia de Covid, entretanto, começou a mudar as coisas e, em 2021, ele decidiu que era hora de tomar outro rumo, decisão facilitada pelo convite do presidente do Ypiranga, Marcos Renato de Castro, para iniciar um projeto de base em parceria com o empresário Eduardo Rangel.
“Ele falou do projeto e me convidou dizendo: você vai crescendo com a gente. Como considero Mimoso a minha terra, vim morar aqui com 10 anos de idade, e meus filhos e minha mãe estão aqui, voltei e está dando muito certo. Fomos campeões da Copa Espírito Santo no Sub 15 contra o Porto Vitória, que tem uma grande estrutura, e vice no sub-17”, disse.
Como no distrito de Santo Antônio havia um time de futebol feminino, o Ypiranga resolveu acolher e melhorar a equipe, que treina duas vezes por semana. Antes, só jogavam futebol soçayte e já disputaram a Copa Sesport, promovida pela Secretaria de Estado de Esportes. Na primeira fase, eliminou a equipe de Muqui, cidade vizinha, mas na fase seguinte foi eliminado por Castelo: empate de 3 a 3 em Castelo e derrota em casa por 2 a 1.
“As meninas estão evoluindo muito. A gente tinha 16 meninas no time e hoje já temos 32. O interesse está aumentando e a evolução acontecendo”, observou.
Aliás, foram as meninas que começaram a descobrir quem é o “Professor Adê”, justamente quando viram o lance do massagista do Aparecidense evitando o gol de Ademilson pelo Tupi. “Vou deixando eles irem descobrindo e vamos contando história”, acrescentou.
O RECORDISTA
De antigos colegas, Ademilson tem ótimas recordações e mantém amizade com dois ex-jogadores campeões com ele pelo Alegrense: o lateral Damião, que hoje mora no Rio, e o goleiro Erivelton, que chegou a jogar no Vasco e hoje é vereador na cidade onde nasceu: Bom Jardim de Minas, próximo a Juiz de Fora.
Ademilson não herdou nenhuma tradição de futebol de família e passou a jogar por inspiração própria. Disse que não teve ninguém como modelo e, de seus filhos, apenas Alisson joga no sub-20 do Ypiranga, mas ele quer que o garoto estude porque sabe que carreira de jogador de futebol é incerta. Este é o “Professor Adê”, o recordista.
Em fevereiro de 2020, o site torcedores.com, numa reportagem sobre Ademilson como o jogador mais velho em atividade no Campeonato Mineiro, defendendo o Tupynambás, informou que o sistema da CBF registrava um jogador com 49 anos de idade (nascido em 15.05.1970) registrado pelo Clube Atlético Barra da Tijuca: Adilson Oliveira Coutinho Filho.
Considerando que o Rio de Janeiro não é para amadores, Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, vem a ser, na verdade, um bicheiro do Rio de Janeiro, procurado pela polícia da Barra da Tijuca sob acusação de envolvimento com a máfia que está em guerra por pontos de jogo. Apaixonado pelo futebol, ele fundou em 2010 o Yasmin, um time que em 2013 rebatizou de Clube Atlético Barra da Tijuca.
Como patrono do clube, se inscreveu como jogador e era “atacante reserva” por ocasião do registro feito em 2020 pelo site.
Neste caso, não vale o escrito e Ademilson, até o momento, é o atleta profissional que se aposentou mais velho no futebol brasileiro. Nosso “Professor Adê”, portanto, é o recordista.
BATE-BOLA
Nome: Ademilson Correa, nascido em 09.10.1974, em Itaguaí (RJ)
Pais: Maria Natividade de Souza Correa e Valdeir Correa (falecido)
Irmãos: é o mais velho da casa e tem mais três irmãos – Júlio César, Aluízo e Laudemi
Filhos: Amanda, 25 anos, e Denilson, 23, do primeiro casamento; Alisson, 19, do segundo casamento.
Netos: Anthony (8 anos) e Sofia Vitória (6), filhos de Amanda; e Ester (1 ano), filha de Denilson.
Clube onde começou: Comercial de Alegre (base) e depois profissional em 1994.
Clubes por onde passou: Rio Branco (ES), Alegrense, Desportiva (ES), Ypiranga (MG), Botafogo, Fluminense, Deportivo Irapuato (México), KSC Lokeren (Bélgica), Payssandu (PA), Cianorte (PR), Marília (SP), Tombense, Boa Esporte (ex-Ituitaba), Atlético-MG, Democrata (GV), Ipatinga, Atlhetic, Tupi e Tupynambás (MG).
Principais conquistas: Campeão capixaba 2ª Divisão – 1994 – Mimosense; vice-campeão da segunda divisão capixaba – 2000 – Alegrense; Campeão Capixaba – 2001 – Alegrense; campeão mineiro da terceira divisão – 2006 – Tombense; vice-campeão Taça Minas Gerais – 2007 – Tupi; campeão da Taça Minas Gerais – 2008 – Tupi; Campeonato Mineiro do Interior – 2008, 2010 e 2012 – Tupi; Campeão Brasileiro Série D – Tupi – 2011; Campeão Mineiro Módulo 2 Segunda Divisão – Tupinambás – 2016.
Melhor jogador com quem atuou: Romário, no Fluminense.
Melhor parceiro em campo: Henrique, lateral do Tupi. “De cada três cruzamentos, eu fazia dois gols”, diz.
Melhor time em que jogou: Fluminense (RJ)
Melhores técnicos: Marcos Nunes, “outro pai no futebol, depois do Sobreira”, e Cláudio Adão, no Rio Branco (ES), “que me ensinou a me posicionar e a fazer gols de cabeça”.
Gol mais bonito: O primeiro gol do Tupi na virada de 3 x 2 sobre o Cruzeiro, em Juiz de Fora, no Campeonato Mineiro de 2010.
Jogo que marcou: O primeiro da final do Brasileiro da Série D de 2011: Tupi 1 x 0 Santa Cruz, gol de Ademilson, 14 de novembro de 2011, encaminhando o título, confirmado com nova vitória de 2 x 0 em Recife, com 60 mil torcedores adversários lotando o caldeirão do Arruda.
Último gol da carreira: pelo Tupinambás, na derrota de 2 x 1 para o Athetic, em São João Del Rey.
Time do coração: Flamengo.
Malthews e Kazu, duas lendas
O ponta-direita inglês Stanley Malthews foi, por 52 anos, o jogador de futebol a se aposentar mais velho. No dia 6 de fevereiro de 1965, jogou sua última partida como profissional depois de 701 jogos e 71 gols. Teve que ser convidado a se aposentar aos 50 anos, e declarava, para quem quisesse ouvir, que achava a aposentadoria muito precoce.
Malthews virou lenda na Inglaterra e, até hoje, é o único jogador com mais de 50 anos a jogar na primeira divisão inglesa. Um grande ídolo brasileiro também teve oportunidade de conhecê-lo: Nilton Santos, o lendário lateral esquerdo da Seleção Brasileira. Na primeira partida entre as duas seleções, Nilton riu-se daquele “senhorzinho de 41 anos” em campo. Com 11 anos a menos, Nilton Santos levou um baile e a Inglaterra venceu por 4 x 2.

O recorde de Malthews foi quebrado no dia 6 de março de 2017, quando um velho conhecido do futebol brasileiro entrou em campo com 50 anos e sete dias: o japonês Kazuyoshi Miura, o Kazu, revelado nas divisões de base do Santos..
Kazu chegou ao Brasil aos 15 anos, por conta própria, com o sonho de jogar futebol. Foi parar na Vila Belmiro, onde se profissionalizou. Depois, jogou por vários clubes brasileiros. Foi o primeiro japonês a marcar um gol no Brasil: contra o Corinthians, em 19 de março de 1988, quando jogava pelo XV de Jaú.
No próximo dia 26 de fevereiro, Kazu faz 57 anos e ainda cumpre contrato profissional com o Oliveirense, da segunda divisão de Portugal. E não está pensando em parar.
*José Caldas da Costa é jornalista há cinco décadas e diretor do site www.tribunanorteleste.com.br
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