A disputa eleitoral do segundo turno de prefeito na Serra está cada vez mais tensa, na medida em que se aproxima a data do pleito, neste domingo (24). Principalemente porque a disputa entre Weverson (PDT), apoiado pelo prefeito Sérgio Vidigal, e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos) tornou-se palco de projeções de lideranças de fora, como o próprio governador Renato Casagrande (PSB), que apoia o pedetista, e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazoline (Republicanos), que apoia o deputado.
Um incidente durante um ato político de Muribeca na noite de quarta-feira (23), no bairro Central Carapina, deu o que falar. Houve um disparo de arma de fogo em meio ao deslocamento da comitiva de Muribeca e não faltou quem tenha tentado dar conotação política ao incidente.
Entretanto, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (24), o delegado Rodrigo Sandi Moro, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra, descartou completamente qualquer conotação política no incidente.
“O que houve foi um incidente da disputa do tráfico de drogas do bairro e coincidiu com o deslocamento da campanha do deputado. Dois elementos de bicicleta se deslocavam em meio ao grupo de apoio à candidatura do deputado pela avenida Distrito Federal, quando avistaram elementos rivais e resolveram atacá-los a tiro. Quando um membro da comitiva viu um elemento armado, se atracou com ele. Esse elemento, na tentativa de se livrar e fugir, fez um disparo. E correu. Alguém da comitiva atirou em sua direção e o atingiu na perna”, disse Sandi Moro.
Segundo o delegado, dois grupos disputam o tráfico na região, a gangue da Vala e a da Favelinha. Os setores são separados pela avenida Distrito Federal. Traficante de um lado não podem atravessar para o outro.
O incidente começou a ser investigado pela DHPP logo após ser comunicado por Boletim Unificado pelo próprio deputado Pablo Muribeca às 22h40. Todos depoimentos indicam que houve um incidente de traficantes. O próprio Muribeca disse ao delegado que não houve arma apontada nem para ele e nem para o prefeito Lorenzo Pazoline, que o acompanhava.
A pessoa da comitiva que se atracou com o elemento armado também disse que não houve arma apontada para membros da campanha e negou que tenha partido dele o disparo. O elemento que fez o primeiro disparo, antes de ser atingido, foi socorrido no Hospital Jaime Santos Neves, na Serra, e foi ouvido pela Polícia. Ele confirmou que seu objetivo era matar o rival e não apontou arma para ninguém do grupo político.
O que a polícia quer descobrir, agora, é quem da campanha de Muribeca fez o disparo, uma vez que o próprio deputado informou ao delegado que havia pessoas armadas em seu grupo. (Da Redação com SESP)
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