O café conilon, principal commoditie agrícola do Espírito Santo, maior produtor brasileiro, continua com preço da saca maior do que o arábica (que a Colômbia lidera a produção mundial), mas o apagão logístico continua sendo um entrave ao aumento das exportações.
O alerta está no “Painel do Café”, um aplicativo capixaba que acompanha o mercado e serve como referência para os produtores, sempre em pé de guerra com os grandes compradores mundiais por manterem a cotação do café brasileiro cerca de 20% menor do que o pago pelo produto vietnamita, o nosso principal concorrente.
O conilon amanheceu cotado a R$ 1.294,01, acima do arábica (R$ 1.209,34), mas bem abaixo do preço pago de R$ 1.673,60 na origem ao produtor em Dak Lak, no Vietnã. A diferença a favor do preço no Vietnã, cuja safra ainda não chegou, é de 29,3% maior que o preço ao produtor brasileiro.
Apesar dessa suposta competitividade, o Brasil deixou de exportar em junho 725 mil sacas (2.198 conteineres), informa o Painel do Café, deixando de ingressar US$ 173 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) em divisas na balança comercial.
O Espírito Santo, o Sul da Bahia e Rondônia são oa maiores produtores de café conilon do Brasil. A maior concentração é no Norte do Estado, principalmente em Jaguaré, Vila Valério, Sooretama, Linhares, Rio Bananal, Pinheiros, São Mateus e São Gabriel da Palha. (Da Redação)
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