“Nem consegui dormir depois”, disse o sargento Bernardino, que estava no plantão na madrugada desta sexta-feira (12), quando os pais de uma menina de 2 anos chegaram na unidade do Corpo de Bombeiros pedindo socorro porque a filha havia engasgado e não respirava.
Com toda sua experiência, Bernardino considera que essa foi ocorrência mais difícil e tensa de sua carreira: “Ela estava bem pálida, muito mole e espumando um pouco pela boca. Ai inicei as manobras e fui correndo anunciar a equipe no microfone e ficar sentado também psra ficar numa posição melhor pra fazer a tapotagem”.
E continua: “Na quinta ou sexta vez ela reagiu, deu um chorinho e começou a sair a secreção pela boca. Aí o Cavacini (também sargento) chegoune levou ela na viatura e usou a sonda para terminar de fazer a sucção que ainda tinha. Nem desencarceramento sinistro eu fiquei tão nervoso assim”.
Bernardino conclui: “Acho que foi a ocorrência mais tensa que já peguei. É muito desesperador, você fazendo as manobras e a criança não reagindo. Fora o nervosismo dos pais também, gritando e eu sozinho lá em baixo até o pessoal chegar psra me ajudar”.
COMO FOI
A equipe de plantão da 2ª Companhia Independente do Corpo de Bombeiros, em Aracruz, agiu rapidamente e salvou a vida da menina de dois anos de idade, que foi levada engasgada e inconsciente até a sede da unidade, pelos pais.
A família chegou à unidade por volta de 1h30 da madrugada, e foi atendida pelo sargento Bernardino plantão. Os pais estavam desesperados, pois a filha, Yasmin, não conseguia respirar.
Imediatamente, o militar iniciou as manobras de desengasgo, ao mesmo tempo em que acionou outros militares para prestar apoio. Durante a manobra, os pais relataram que a criança sofria de refluxo e apresentava quadro febril, tendo convulsões. Quando eles perceberam que ela não conseguia respirar, correram para pedir ajuda aos bombeiros.
Em poucos instantes, a equipe de resgate se mobilizou, pegou Yasmin e a levou para dentro da ambulância do Corpo de Bombeiros, onde os militares ligaram o aspirador e, usando a sonda, conseguiram retirar a secreção das vias aéreas da criança. Em seguida, ela foi colocada no oxigênio e transportada para o Hospital São Camilo.
Durante o trajeto, a menina foi melhorando e, chegando ao hospital, ela chorou, o que demonstrou que a capacidade respiratória estava reestabelecida. A menina foi deixada aos cuidados da equipe médica. Yasmin já recebeu alta e está em casa. (Da Redação com Ascom/SESP)
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