Uma audiência pública promovida pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa debate, nesta quarta-feira (10), às 14 horas no Plenário Dirceu Cardoso, novos modelos educacionais que abrem mão do excesso de tecnologia e até mesmo a possível apresentação de um projeto de lei restringindo o uso de telas eletrônicas (celulares, tabletes e outros) em salas de aula no Espírito Santo.
O evento está sendo comandado pelo deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB), presidente da CCJ, que apresentará uma série de dados sobre o tema e estuda a elaboração de um projeto de lei para proteger crianças do excesso de uso de telas e até mesmo professores que precisam impor regras em sala de aula e hoje não possuem respaldo legal para isso.
O parlamentar está convidando representantes de pais, de alunos, da área pedagógica e outros interessados no tema e está trazendo para palestrar como especialista o professor Juliano Silva Campana, natural de Colatina, 47 anos, com 25 anos de atuação na educação como professor, coordenador de curso superior, diretor acadêmico de faculdade e diretor escolar.
Analista de Sistemas, Mestre em Administração pela UFES, e estudioso de filosofia e formação da personalidade, Juliano é palestrante nacional sobre a educação e formação da personalidade das crianças por meio da educação. Campana é consultor de escolas para o modelo educacional espanhol chamado Educação Personalizada, que atua no desenvolvimento de cinco dimensões da pessoa humana: cognitiva, física, afetiva, volitiva e transcendental.
TELA DEMAIS
“Enquanto estamos tecnificando cada vez mais nossas crianças, países de primeiro mundo fazem o caminho de volta, incentivando o contato interpessoal, a conversa, os relacionamentos e a construção de caminhos naturais para seus alunos. Vamos discutir isso com especialistas”, disse o deputado Mazinho dos Anjos .
Um dos destaques que Mazinho trará é que os gurus do mundo digital do Vale do Silício criam seus filhos longe das telas. Outro, é a sentença que o juiz capixaba Eliezer Siqueira de Souza Júnior proferiu numa ação por danos morais há dez anos, na Comarca de Tobias Barreto (SE), quando uma mãe queria ser indenizado por causa da apreensão do telefone celular. O juiz, hoje na Comarca de Itabaiana (SE), negou a intenção e ainda reforçou a atitude do professor.

Essa sentença do juiz capixaba repercute até hoje nas redes sociais e, segundo o magistrado, “todo início de ano notícias sobre o caso voltam a circular de forma viral”. Outras ações Brasil afora, com o mesmo sentido, também foram negadas a alunos.
A situação se deu quando o professor repreendeu o aluno por usar o celular para ouvir música durante a aula. Esta conduta é contrária às regras estabelecidas pela instituição e pelo Conselho Municipal de Educação.
O juiz destacou que o educador possui como missão guiar os alunos para o conhecimento e formação como cidadãos pensantes. Ele reforçou o papel fundamental do professor neste processo. (Da Redação)
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