
Começa neste sábado (30) a decisão do Campeonato Carioca de 2024. O poderoso Flamengo vai pegar o surpreendente Nova Iguaçu, que eliminou o Vasco nas semifinais. O jogo será às 17 horas no Maracanã. A partida de volta será no próximo sábado, dia 7, no mesmo horário e local.
O Flamengo vai com força total para a decisão, na semana em que também estreia na Libertadores. O Rubro-Negro encerrou a preparação na manhã desta sexta-feira (20) no Ninho do Urubu. A parte inicial do treino foi exibida na FlaTV, que encerrou a transmissão quando a comissão técnica iniciou as instruções táticas.
A última atividade indicou uma equipe sem mudanças e com o que o treinador considera força máxima nesta temporada. Provável escalação: Rossi, Varela, Fabrício Bruno, Léo Pereira, Ayrton Lucas, Pulgar, De la Cruz, Arrasceta, Luiz Araújo, Everton Cebolinha e Pedro.
Pulgar se recuperou do desgaste muscular no quadríceps direito e participou das últimas duas sessões de treino. Os convocados – Fabrício Bruno, Ayrton Lucas, Varela, Viña, De la Cruz e Arrascaeta – também estiveram em campo normalmente desde quinta-feira.
CARLINHOS É DO FLA
Brigando pela artilharia do Campeonato Carioca, o atacante Carlinhos está se despedindo do Nova Iguaçu. O Flamengo venceu a disputa com outros grandes clubes e acertou a contratação do centrovante do seu adversário na decisão. O contrato ainda não foi assinado, mas as minutas já foram trocadas entre Marcos Braz, vice de futebol do Rubro-Negro, e o presidente do Nova Iguaçu, Jânio Moraes.
Com Marcos Braz à frente da negociação com Jânio, o Flamengo venceu a concorrência de grandes clubes. O Atletico-MG era um dos interessados, e o Vasco, enquanto Alexandre Mattos era o executivo de futebol, também estava no páreo.
O Flamengo agiu rapidamente após a suspensão de Gabigol, anunciada na última segunda-feira. Os documentos da defesa do atacante, que tentarão inicialmente um efeito suspensivo para dar condições de jogo ao camisa 10, chegam à Suíça na próxima terça-feira.
Após as conversas com Marcos Braz, Carlinhos preferiu o projeto do Flamengo. Ele, que tem vínculo com o Nova Iguaçu até outubro de 2025, assinará com o Rubro-Negro contrato válido por três temporadas.

NOVA IGUAÇU
Representante de uma das maiores cidades do estado do Rio de Janeiro e expoente futebolístico da Baixada Fluminense, o Nova Iguaçu não entrará em campo neste sábado apenas para iniciar a disputa do título do Campeonato Carioca contra o Flamengo. Mostrar a identidade de quem alcançou um feito inesperado é algo maior do que apenas conquistar uma vitória no campo. O técnico Carlos Vitor e o atacante Bill exm,picam a relação com a cidade e agradecem torcida dos rivais.
Bill vai completar 25 anos de idade no dia 7 de maio. Ele foi criado no clube antes de se desenvolver nas categorias de base do Flamengo, onde fez sua estreia como profissional em 2019. De volta ao Nova Iguaçu depois de perambular pelo Brasil e pelo mundo, ele curte o momento de resgate do orgulho da Baixada.
“Como sou daqui da cidade, conheço muita gente. Quando vai no mercado, encontra um amigo que estudou junto, tem a família, o carinho das pessoas. Não que tenha mudado, mas trouxe mais as pessoas do município para perto. Nós somos o termômetro dessas pessoas. Se estivermos bem, eles estão bem, com nossa maneira de jogar, a galera do nosso lado. É muito bom o carinho que as pessoas têm com a gente, com o clube. Eles estavam um pouco carente dessa situação”, disse Bill.
IDENTIDADE
Aos 52 anos, Carlos Vítor vive um momento especial em sua vida. Toda a carreira do treinador foi construído no Nova Iguaçu, desde as categorias de base até receber a oportunidade de assumir o time profissional. Depois de surpreender o Vasco na semifinal do Carioca com seu estilo de jogo, não vê motivos para mudar.
“A gente sabe o que o Flamengo representa na América do Sul. Mas não podemos perder nossa identidade. O que nos trouxe até aqui foi o perfil de fazer um jogo diferente. Isso nos credenciou. O Flamengo vai pressionar, ser agressivo, mas se tem uma coisa para a qual estamos preparados é esse momento”, afirmou.
A capacidade de poder representar uma cidade tem esse peso. Antes do Nova Iguaçu, apenas Volta Redonda e Americano haviam furado a bolha da capital para chegar à final do Campeonato Carioca.
“Esse momento é contagiante. O esporte aproxima as pessoas, junta as etnias, rompe barreiras, vive momentos de muita satisfação. Muita gente enxerga Nova Iguaçu de forma depreciativa. O esporte vai rompendo, trazendo as pessoas, fazendo ser carismático. A gente sente que as pessoas tratam de forma carinhosa porque também somos simples, não se vê vaidade, sou muito humilde. Isso só fortalece para mobilizar o município”, comentou Carlos. (Da Redação com GE)
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