A enfermeira Iris Rocha de Souza, 30 anos, que estava grávida de oito meses da filha que se chamaria Rebeca, e teve seu corpo encontrado às margens de uma estrada rural no interior de Alfredo Chaves na última quinta-feira (11) e sepultado nesta terça-feira (16), registrou um boletim de ocorrência contra o namorado, que se dizia policial militar, por agressão no último dia 5 de outubro, na Delegacia de Plantação Especializado da Mulher da Região Metropolitana.
De acordo com o relato feito na ocasião, Iris disse que estava namorando o rapaz (cujo nome não está sendo divulgado para não prejudicar as investigações policiais) há cinco meses e que estava grávida há cerca de 15 semanas (aproximadamente quatro meses). Na época, Iris foi aconselhada a comparecer à delegacia por ter sido agredida com um mata-leão pelo namorado em cima da cama.
Em função da agressão, Iris relatou para a autoridade de plantão que desmaiou, perdendo os sentidos e que, ao voltar a si, estava sentada no chão com o nariz sangrando e tossindo, e que o autor da agressão estava ao seu lado, ajudando-a a levantar-se, a levou ao banheiro e deu banho, e pediu perdão.
Iris disse que foi trabalhar durante a tarde e que sua coordenadora de pesquisas a orientou a procurar a Delegacia da Mulher. Durante o depoimento, registrado no boletim, Iris Rocha disse ainda que a agressão foi em função de ela ter omitido uma informação em relação ao seu trabalho e que o autor, na hora da raiva, já havia usado a arma, que seria da corporação (Polícia Militar) para intimidá-la. Até o momento, entretanto, não há confirmação de que o namorado seja mesmo policial.
Na ocasião, a enfermeira, filha da jornalista aposentada Márcia Rocha, pediu acompanhamento psicológico e visita tranquilizadora, não quis ir para a Casa Abrigo destinada a mulheres vítimas de violência doméstica, representou criminalmente contra o namorado e pediu medida protetiva.
Na descrição da denúncia consta ainda que Iris mencionou que o namorado nunca havia sido violento com ela até aquela ocasião, demonstrava querer formar uma família e que estava surpresa com a atitude dele. Iris Costa contou na delegacia que ela morava em sua própria casa e o namorado na casa da família dele e ambos se encontravam ora numa casa ora em outra.
O corpo de Iris Rocha, que fazia Mestrado na Ufes, foi sepultado no Jardim da Paz, na Serra, nesta terça-feira (16), junto com a bebê que nasceria em meados de fevereiro. A bebê foi submetida a autópsia e depois colocada de volta no ventre da mãe para serem sepultadas juntas. O corpo de Iris foi encontrado à margem da estrada na quinta-feira (11) e identificado nesta segunda-feira (15) pela família no Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim. (Da Redação)
Comente este post