O dia em que se celebra o aniversário de 2023 anos do nascimento de Jesus Cristo coincide com grande tragédia ambiental nas regiões Leste de Minas Gerais e Noroeste do Espírito Santo, mais precisamente nos municípios de Mantena, do lado mineiro e Barra de São Francisco do lado capixaba.
“Na verdade, o dia 25 de dezembro de 2013, é lembrado exatamente por ser o dia de Natal, mas, a enchente que destruiu a nossa cidade decorreu de um período chuvoso de mais de 30 dias que culminou com fortes chuvas nesta data e destruiu praticamente tudo no centro da cidade e bairros como Vila Nova, Santo Antônio, Nicolini e Santos Prates”, conta um morador de Mantena.
Em Barra de São Francisco, do outro lado da divisa com Minas Gerais, no Noroeste do Espírito Santo, a situação não foi diferente. O atual subsecretário municipal de Agricultura, eleito presidente da Câmara de Vereadores em 2013, afirma que a chuva ultrapassou 600 mm na região de Cachoeirinha do Itaúnas, onde reside. “Foi a pior enchente que enfrentamos desde 1979”, conta ele.
De acordo com o levantamento feito pela Defesa Civil, na altura, mais de 300 famílias ficaram desabrigadas e em pelo menos cinco mil imóveis, os alagamentos provocaram estragos. A prefeitura calculou um prejuízo superior a R$ 35 milhões.
O bairro que mais sofreu com a força da água foi o de Campo Novo, primeiro a ser afetado por enchentes provenientes do Rio São Francisco, que nasce em Santa Luzia, Mantenópolis e atravessa quase toda a cidade de Mantena e se encontra com o Rio Itaúnas, na Rua Mineira, em Barra de São Francisco.
Em uma semana foram cinco enchentes em Barra de São Francisco e a mais forte no dia 26 de dezembro daquele ano, quando o Rio São Francisco acabou represando o Rio Itaúnas, que também já estava muito acima do nível normal.
A água chegou no telhado das casas e nas principais avenidas da cidade. Quatro pessoas morreram por causa das chuvas no município.
“Se alguém vier comentar algo comigo eu mando ir tomar naquele lugar”, disse um comerciante de Mantena, na manhã desta segunda-feira, 25 de dezembro de 2023, e emenda: “Eu perdi tudo, minha casa, meu comércio, tudo destruído.”
Outro mantenense que foi muito prejudicado pela enchente em Mantena é o ex-secretário de Comunicação da prefeitura de Barra de São Francisco, Cléber Luís Silva. A casa dele e a dos pais, construída quase às margens do Rio São Francisco, no centro, ficou totalmente inundada e ele teve dificuldades até para sair do imóvel. Até hoje quase chora quando lembra da situação.
Repercussão nacional
Até hoje, uma rápida pesquisa na internet aponta que a tragédia ambiental do final de 2013 repercutiu nacionalmente em jornais e sites de grandes mídias do Espírito Santo e Minas Gerais. (Da Redação)
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