A estimativa de setembro para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2023 no Espírito Santo, divulgada nesta terça-feira, 10, pelo IBGE, é de 77,9 mil toneladas, um crescimento de 24%, em relação ao ano passado. Em 2022, foram produzidas 62,825 toneladas, contra 77,875 este ano.
No entanto, as culturas que conseguiram colocar o Estado com esse crescimento não são as mais representativas. O café, que é o carro-chefe da agricultura capixaba, estima queda de 23,7% na produção do café arábica e 13% na do café conilon.
O milho foi o cultivo que apresentou maior crescimento: Foram colhidas 35.333 toneladas em 2022 e 49.930 este ano, um incremento de 41,3% na produção.
O cacau, outra cultura importante no Estado, apresentou o segundo maior crescimento: Em 2022 foram colhidas 11.712 toneladas e este ano, a fruta rendeu 13.574 toneladas, um aumento de 15,9%.
A mandioca e a banana, com aumento de produção acima de 3% também contribuíram para o resultado positivo na safra capixaba.
Brasil
No país, a estimativa da safra deste ano é de 318,1 milhões de toneladas, com altas de 20,9% ante a safra 2022 (263,2 milhões de toneladas) e de 1,5% (ou mais 4,8 milhões de toneladas) frente à estimativa de agosto. A área a ser colhida é de 77,8 milhões de hectares, alta de 6,3% (mais 4,6 milhões de hectares) no ano e de 0,4% frente a agosto (mais 338.967 hectares).
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida. Frente a 2022, houve altas de 26,5% para a soja, de 12,3% para o algodão herbáceo (em caroço), de 43,3% para o sorgo, de 19,6% para o milho, com aumentos de 10,1% no milho na 1ª safra e de 22,4% na 2ª safra, e de 4,8% para o trigo. A produção do arroz em casca recuou 5,1%.
Houve aumentos de 4,1% na área do milho (declínio de 0,3% no milho 1ª safra e crescimento de 6,9% no milho 2ª safra), de 6,2% na do algodão herbáceo, de 23,7% na do sorgo.
A estimativa de produção de setembro para a soja foi de 151,2 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 131,7 milhões de toneladas (28,0 milhões de toneladas na 1ª safra e 103,8 milhões de toneladas na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,1 milhões de toneladas; a do trigo em 10,5 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço), em 7,6 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,1 milhões de toneladas.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: Centro-Oeste (23,2%), Sul (26,3%), Norte (21,4%), Sudeste (9,2%) e Nordeste (7,6%). A distribuição regional da produção foi: Centro-Oeste, 161,0 milhões de toneladas (50,6%); Sul, 83,0 milhões de toneladas (26,1%); Sudeste, 30,4 milhões de toneladas (9,5%); Nordeste, 27,3 milhões de toneladas (8,6%) e Norte, 16,4 milhões de toneladas (5,2%). No mês, houve aumentos nas regiões Norte (0,2%), Centro-Oeste (3,2%) e Sudeste (0,3%), com quedas no Sul (-0,3%) e no Nordeste (-0,2%).
Café
A produção brasileira das duas espécies, arábica e canephora, foi de 3,4 milhões de toneladas, ou 55,9 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 1,4% em relação ao mês anterior e aumento de 6,9% em relação a 2022. O rendimento médio, de 1 759 kg/ha, por sua vez, aumentou 1,7% no comparativo mensal e 4,0% no anual.
Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,3 milhões de toneladas, ou 38,9 milhões de sacas de 60 kg, acréscimos de 1,4% em relação a agosto e de 14,6% em relação ao ano anterior. Em 2023, embora a safra do café arábica seja de bienalidade negativa, a estimativa da produção apresenta crescimento, quando comparado com 2022, uma vez que o clima beneficiou as lavouras, promovendo uma “inversão dessa bienalidade”.
Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa da produção foi de 1,0 milhão de toneladas ou 17,1 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 1,5% no mês e declínio de 7,3% ante 2022, em função do menor rendimento médio. No comparativo mensal, a área colhida e o rendimento médio apresentaram altas de 0,3% e 1,2%, respectivamente. (Da Redação com Agência IBGE)
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