
Apesar de as autoridades de segurança terem divulgado o nome de somente um dos homens mortos na noite de segunda-feira (14), em confronto com a Polícia Militar, no Morro do Macaco, em Vitória, pelo menos mais dois tiveram identidade conhecida, graças ao jornalismo investigativo do jornal A Tribuna (ES), que foi ao Instituto Médico Legal (IML), onde conversou com parentes dessas duas vítimas do tiroteio.
O secretário de Segurança, coronel Ramalho, em entrevista pela manhã na televisão, falou mais sobre o caso, disse que todos os cinco mortos estão identificados, mas divulgou apenas o nome de um deles, Andreso Felipe Mota, o Mexerica, 36 anos, que seria o antigo chefe do tráfico no local e estaria sendo protegido por pelo menos 30 homens armados, que reagiram á presença da polícia.
Andreso foi um dos mortos. De acordo com Ramalho, três dos mortos já tinham passagem pela polícia, Andreso era um deles. Outros dois foram identificados no IML pela reportagem de A Tribuna: Filipe Yuri Pinto Arcanjo, 18 anos, e Gabriel Santos Bento, 20 anos. Tanto um quanto o outro tiveram pelos familiares a confirmação de que estavam envolvidos com o crime. À tarde, a Secretaria de Segurança confirmou estes e mais um nome: Lucas Bravim Passos, de 19 anos.
Na manhã desta terça-feira (15), foram divulgadas imagens de vários homens armados atravessando uma rua que separa os dois bairros, se deslocando da parte alta de Gurigica para Jaburu, região do Complexo do Bairro da Penha, em Vitória. As imagens foram flagradas pelas câmaras de segurança de um veículo que foi parado por outro homem para que o bando atravessava a pista.
A Tribuna Norte-Leste demandou à Secretaria de Estado de Segurança Pública pela divulgação das identidades dos cinco homens que morreram na troca de tiros com a Polícia Militar, bem como suas eventuais fichas criminais. Assim que houver resposta esta reportagem será atualizada. O policiamento foi reforçado durante esta terça-feira na região, com a utilização estimada de 300 homens da Polícia Militar.
Não há informação de que nenhum policial tenha sido ferido no confronto, que continuou mesmo durante o resgate dos atingidos por tiros e que foram levados para hospitais estaduais.
Na tarde desta terça-feira (15), na Assembleia Legislativa, o confronto no Morro do Macaco repercutiu na Assembleia Legislativa, com discursos de apoio da bancada ligada à polícia – o único fora desse espectro foi o deputado Deninho Silva. O coronel Wellington denunciou que há uma defasagem de 4 mil homens na Polícia Militar e 3 mil na Polícia Civil do Estado. (Da Redação)
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