
Uma grande quantidade de drogas, armas, inclusive uma submetralhadora, munições e drogas foi apreendida em Pinheiros numa operação realizada por policiais do 2º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Nova Venécia, na manhã desta quinta-feira, 25, na chamada Operação Sentinela, na cidade de Pinheiros. A cidade fica a 45km da sede do quartel.
A ação visava cumprir quatro mandados de busca e apreensão, deteve três adultos e apreendeu um menor de idade. Foram quatro armas, inclusive uma submetralhadora, farta munição, grande quantidade de maconha, crak e cocaína, entre outros produtos ilícitos ou considerados produtos de furto ou roubo. Veja a lista abaixo:
01 submetralhadora calibre .380 de marca desconhecida,
02 carregadores de metralhadora calibre .380
35 munições calibre 380 intactas
01 revólver calibre .38 marcas Taurus
01 revólver calibre .45 marca Smith e Wesson
01 garrucha calibre .38 marcas desconhecida
36 munições calibre.38 sendo 03 picotadas e 33 intactas
06 munições calibre .44 intactas
11 munições calibre .22 intactas
01 Jet-Loader para munição calibre .38
36 buchas de maconha
165 pinos de cocaína
79 pedras de crack
110 gramas de maconha
01 frasco de ácido bórico
01 radio comunicador Baogfeng com base
02 balanças de precisão
01 Honda CG 125 Titan Placa: MTK-9848
01 Honda NXR 160 Bros Placa: PPF-0436
01 Honda NXR 160 Bros Placa: QRG-9G26
01 aparelho televisor marca Philco
01 placa Veicular MRA-3633
05 capacetes de motociclista
R$ 2.256,00 em espécie
CRIMINALIDADE CRESCENTE
Há mais de dez anos as autoridades começaram a detectar o aumento da criminalidade em Pinheiros e região. No dia 7 de março de 2012, numa ação coordenada a partir do gabinete do então presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, foi deflagrada uma grande operação policial na cidade e também em Boa Esperança, Pedro Canário e imediações.

A Operação Siroco contou com a ajuda até do helicóptero do Graer, para prender assassinos e traficantes que agiam em municípios do Norte do Espírito Santo. Foi a primeira ação operacional do Grupo Interinstitucional, criado pelo governo do Estado e o Tribunal de Justiça, com a finalidade de melhorar o combate à criminalidade no Espírito Santo.
A denominação da operação foi uma referência aos ventos fortes e muito secos que sopram do deserto do Saara em direção ao litoral. A região Norte capixaba é mais quente do Estado. Foram cumpridos 41 mandados de prisão de homicidas e 12 mandados de busca e apreensão em pontos de distribuição de drogas.
Era o início do terceiro ano do governo anterior de Renato Casagrande e o grupo contava também com a participação das polícias Federal e Rodoviária Federal, além das policias Civil e Militar, envolvendo os batalhões da PM de Nova Venécia e São Mateus e marcando a entrega da nova Delegacia de Pinheiros.
O Tribunal, naquela ocasião, criou um grupo de combate à criminalidade e ao crime de mando e pistolagem, coordenado pelo desembargador Telêmaco Antunes de Abreu Filho e pela juíza Hermínia Azoury.
A se julgar pelo alto índice de violência registrado na região, faltou prosseguimento. Pinheiros, especificamente, mantinha a violência contra a vida razoavelmente sob controle até o primeiro decênio do século XXI, de acordo com o Atlas da Violência do IPEA.
Desde o início da série histórica, em 1979, mantinha-se na faixa abaixo de cinco homicídios anos e virou para a casa da dezena no final dos anos 90. Recuou para índices anteriores nos primeiros oito anos dos anos 2000, e teve um crescimento de mais de 200% em 2011 (26 homicídios) em relação ao ano anterior (oito). E manteve-se alto nos anos seguintes, até reduzir na segunda metade do governo Paulo Hartung, entre 2015 e 2017.
Nos últimos anos, porém, a violência explodiu na região, com a ocorrência de homicídios, assaltos a mão armada à luz do dia, trocas de tiros entre quadrilhas e disputa pelo controle da estratégica posição geográfica por criminosos ligados ao tráfico de drogas.
(Da Redação com 2º BPM)

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