O aposentado José Pires Ramos, o Zequinha Pires, que vai completar 74 anos no dia 29 deste mês, próxima segunda-feira, era um dos idosos na fila da vacina na Escola João Bastos. Falante e bem articulado, ele deixou a filha sentada na fila e ficou um pouco mais afastado do grupo de idosos, por “precaução”.
Nascido em Barra de São Francisco, no Valão Fundo, Zequinha conta que se mudou para o córrego do Engenho no distrito de Paulista aos cinco anos, morreu na região de Imburana, em Ecoporanga e já mais velho, depois da morte dos pais, foi morar em São Paulo, mas não conseguiu ficar por lá muito tempo. “Quando meus pais morreram eu acabei indo pra cidade grande, mas aquilo lá não é vida não, muita matança, fui assaltado várias vezes, então, acabei voltando para minha terra natal”, relata.
Morando atualmente na Vila Luciene, Zequinha dá sua opinião sobre a doença: “Isso não é coisa de Deus, não. Eu penso que não. Porque o homem é que cria essas coisas, e o homem é que tem que acabar com elas, eu acho que o homem é que faz isso, que tem condição de fazer essas pragas e você vê o tanto de gente que está morrendo. Ainda bem que apareceu a vacina”, finalizou. (Weber Andrade)
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