A morte de Edson Arantes Nascimento, 82 anos, consagrado no mundo como “Pelé”, o atleta do Século XX assim escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional, mexeu com as pessoas em todos os cantos do planeta.
Essa comoção mundial, entretanto, repercutiu nas barrancas do Cricaré, em São Mateus, onde mora o escritor capixaba Maciel de Aguiar: seu livro “Pelé the king of football”, publicado em 2020, é um dos mais vendidos na versão digital pela plataforma mundial Amazon Kindle.
“Recebi essa mensagem da própria Amazon de que o livro é o mais vendido atualmente na versão digital. Isso fez com que as editoras despertassem e começassem a nos procurar em busca da versão impressa”, disse Maciel, proprietário da editora Memorial, que publicou não apenas Pelé, mas outros 150 títulos de sua autoria.
Segundo Maciel, a Amazon Kindler vende dez edições em dez idiomas diferentes em 150 países de todos os continentes. “O lucro do livro on-line, por exemplar, é pequeno, mas com milhões de acessos se torna muito grande”, informou Maciel, que publicou o livro com histórias da carreira do atleta falecido no último dia 29 e sepultado nesta terça-feira (3), em Santos (SP), a pedido do próprio Rei do Futebol.
No final de semana, a Tribuna Norte-Leste publicou a história do surgimento do livro a partir de uma “traição” do jornalista Oldemário Touquinhó, que era editor de esportes do Jornal do Brasil e chefe de Maciel. Na época, Oldemário havia feito uma cópia clandestina, com uma pequena máquina fotográfica, de uma foto que havia na parede do apartamento de Pelé em Nova York. Touguinhó e Pelé foram amigos de uma vida inteira.
Maciel escreveu uma crônica sobre o episódio relacionado à foto, mas não teve coragem de publicar, entregando-a a Oldemário, que a mostrou a Pelé. A relação dos dois ficou estremecida, segundo Maciel, porque o Rei considerou que havia sido traído pelo amigo. Mas logo as relações voltaram à boas e Pelé falou a Oldemário que queria que o autor da crônica escrevesse um livro com histórias que ele tinha para contar.
“Foi assim que nasceu esse livro. Agora, com a morte de Pelé, o mundo inteiro está à procura da obra”, acentuou Maciel.
De acordo com o autor, a editora está negociando com editores da Europa, Japão, China, Índia, Canadá, África do Sul e América Latina para a publicação das edições impressas em 10 idiomas, “inicialmente com uma tiragem de 1 milhão de exemplares, 100 mil livros para cada idioma”.
“Hoje, temos no mercado 9 mil livros, sendo 1 mil no formato 40×30, 1 mil no formato 29×29, ambos em edição especial e papel couchê e capa dura, e 8 mil exemplares no formato americano e todos com caixa em cartão supremo e capa em hot stamp”, explicou.
O exemplar da edição especial, formato 40×30 cm, com capa dura, papel couchê e caixa, custa R$ 1 mil. O exemplar no formato 29×29 cm, com capa dura, papel couchê e caixa, sai por 500,00. Mas tem também uma edição popular, com caixa por R$ 70,00.
Os pedidos podem ser feitos à própria Memorial através do email memorialeditora@yahoo.com.br
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