“Todo dia é uma confusão. Na semana passada, um tentou matar o outro com uma faca, por sorte, conseguiram apartar, mas eu que sou mulher, fiquei tremendo de medo. Tinha um facão aqui, joguei embaixo da banca”, descreve uma feirante, após mais uma confusão entre moradores em situação de rua nas proximidades da Feira Livre da Rua Mineira, em Barra de São Francisco.
Outro feirante, disse que na quarta-feira, muitos feirantes já nem colocam barracas na rua juiz João Batista Celestino, por causa dos mendigos que fizeram pousada na calçada da residência da família Borém. “A dona do salão ali, já não abre mais seu espaço, mesmo pagando aluguel porque eles não a deixam trabalhar, incomodam os clientes”, disse o feirante.
Outra mulher que tem barraca na feira conta que um dos moradores que estava brigando na manhã de hoje passou em frente a sua banca e pegou uma cebola sem autorização e ainda a xingou. “Eu teria dado a cebola, se ele pedisse, mas eles não estão nem aí, não têm medo da polícia nem de ninguém”, reclama ela.
O presidente da Associação de Feirantes e Agricultores Familiares da Feira Livre da Rua Mineira, Geraldo Pereira, o Geraldo Fiscal, disse que já perdeu a conta de quantas vezes chamou a polícia para conter nos ânimos dos brigões.
“A gente já não sabe o que fazer. Depois que fecharam a praça a maioria deles se mudou para perto da feira”, observa.
Hoje, mais uma vez, a polícia esteve no local, mas os brigões já tinham sido apartados, porém um deles ainda ameaçava um feirante que pediu para chamarem a polícia. “Você não sabe o que está acontecendo entre eu e ele, não tem que chamar polícia”, disse um dos envolvidos na briga.
Assistência Social – Na tarde de ontem, 2, uma equipe de Secretaria Municipal de Assistência Social esteve no local cadastrando os moradores em situação de rua que estão morando nas calçadas próximas da feira livre. (Weber Andrade)


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