José Caldas da Costa*
Por um momento vivemos a ilusão. Em temos de oportunidade de gol, a Seleção Brasileira criou mais. A rigor, no tempo regulamentar a Croácia somente havia criado uma chance de marcar.
Havia uma tensão no ar. Taticamente, os croatas eram muito melhores. O Brasil se virava nas habilidades individuais.
Mais uma vez, Tite, o nosso técnico, improvisou um zagueiro na lateral-direita, mesmo tendo no banco Daniel Alves, 39 anos, lateral de ofício. E na esquerda, improvisou Danilo.
No tempo regulamentar, o 0 a 0 sustentado, competentemente, pela Croácia.
Por um momento vivemos a ilusão, quando Neymar fez um golaço no final do primeiro tempo da prorrogação. Um justo gol para ele, tão cobrado.
Parecia que o sonho do hexa ficaria mais perto e teríamos mais uma semana de Copa. Mas, inexplicavelmente, a Seleção Brasileira teve um apagão e passou a jogar como time pequeno. Competentes, os croatas contaram com um desvio de Marquinhos no chute de Petkovic e empataram a 4 minutos do fim.
Pênalti é controle emocional e competência. Com um goleiro assustador, os croatas tiveram tudo isso mais que nós.
Por um momento vi-me diante da TV nas quartas-de-final da Copa de 1986. Até o pênalti de Marquinhos no pé da trave foi igual ao do zagueiro Júlio César. E a brilhante geração de Zico, Sócrates, Júnior, Falcão e Batista estava de volta para casa.
Vice-campeã na Rússia em 2018, a Croácia já está entre os quatro melhores de 2022. A geração de Neymar continua nos devendo.
Resta-nos a possibilidade de um título no Qatar: o de melhor arbitragem. Grandes possibilidades de arbitragem brasileira na final do dia 19. Raphael Claus e Wilton Sampaio estão mandando bem no apito nessa Copa.
José Caldas da Costa é jornalista, atuou como cronista esportivo por mais de 20 anos, é diretor da TNL
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