O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu adiar para o próximo sábado, 15, a divulgação da da “Carta Compromisso aos Evangélicos”, onde deve indicar que não basta haver igrejas abertas, mas que evangélicos precisam participar ainda mais da vida nacional.
A informação foi confirmada pela assessoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), responsável na campanha de Lula pela interlocução com os evangélicos e que participou da elaboração da carta.
A divulgação estava prevista para esta segunda-feira, 10. Mas a campanha decidiu adiar para terminar alguns pontos, além de avaliar que o “timing” será melhor para a agenda de Lula.
Na última semana, a jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, havia informado que a senadora Eliziane Gama, coordenadora do comitê evangélico da campanha, acertou com o petista a carta compromisso para o público evangélico.
O ex-presidente sancionou a lei da Liberdade Religiosa em 2003; a Marcha para Jesus em 2009; e o Dia Nacional do Evangélico em 2010.
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, têm disseminado fake news contra Lula entre evangélicos. Bolsonaro considera os evangélicos como parte de sua base de apoio político.
A disseminação das fake news chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, no último dia 4, a Corte determinou que diversos vídeos com mentiras fossem retirados do ar.
O colunista do g1 Valdo Cruz informou que Bolsonaro tem a chamada “guerra santa” como estratégia eleitoral, buscando atrair votos do eleitorado evangélico defendendo temas da pauta conservadora e com acusações contra Lula.
O documento não é apenas uma reação às notícias falsas disseminadas por bolsonaristas que afirmam que o petista fechará igrejas, mas uma indicação de caminhos para futura parceria com evangélicos para o desenvolvimento de políticas sociais no país.
O texto deve apresentar sete compromissos. São eles:
Garantia da liberdade religiosa, da defesa da família e da vida;
Garantia de que nenhum templo será fechado e nenhum culto proibido;
Não enviar ao Congressos leis, nem alterar qualquer norma que envolva valores cristãos, da família e da vida;
Combate a qualquer tipo de preconceito contra evangélicos;
Participação efetiva de evangélicos nas diferentes áreas do governo;
Defesa da participação de evangélicos nas políticas públicas, em especial na prevenção às drogas;
Valorização de projetos já desenvolvidos nas áreas de assistência social.
(Da Redação com g1 Política)
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