O noticiário político nacional esquentou o debate sobre o clima bélico que cerca as eleições presidenciais deste ano, depois que um agente penal federal invadiu uma festa de aniversário de um militante e dirigente petista em Foz do Iguaçu (PR) e, aos gritos de “aqui é Bolsonaro”, matou a tiros o agente da guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda. O crime foi testemunhado por várias pessoas e gravado pelo circuito interno de vídeo do local onde Arruda fazia sua festa de 50 anos decorado com motivos petistas.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também secretário-geral do PSB, a respeito do fato, fez postagem no twitter defendendo uma mobilização nacional para garantir eleições seguras: “Nas últimas semanas tivemos episódios de violência em atos políticos, e agora o assassinato de um trabalhador com fortes indícios de ter sido por motivação política. Precisamos de unidade e fortalecimento das instituições para garantirmos eleições democráticas e seguras”.
Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro que, segundo a Polícia Civil, matou o guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio de Arruda, se define em seu texto de apresentação no Twitter como policial penal federal, conservador e cristão. Também diz que armas são sinônimo de defesa.
De acordo com o boletim de ocorrência, Jorge Guaranho parou o carro e invadiu a festa com a arma em punho gritando “aqui é Bolsonaro”. Marcelo e a esposa se identificaram, ele como guarda municipal e ela como policial civil. A mulher de Jorge o convenceu a deixar o local, mas depois ele voltou sozinho, entrou de novo no local e deu dois tiros em Marcelo, que revidou e baleou o agente federal.
Os primeiros noticiários davam conta de que Jorge Guaranho também teria morrido. A informação estava equivocada. O agente, autor dos disparos que mataram Marcelo Aloizio, tesoureiro do PT e ex-candidato a vice-prefeito na chapa petista em 2020, sobreviveu e está internado sob escolta.

O caso ocorreu na noite de sábado (9). Marcelo chegou a ser socorrido, mas morreu ao dar entrada no hospital.
Segundo a Polícia Civil, Guaranho também era um dos diretores da associação onde o crime aconteceu. A informação foi passada pela delegada Iane Cardoso, em coletiva de imprensa realizada neste domingo (10). A presidência da associação informou que o atirador ocupava o cargo de secretário na diretoria da entidade.
REPERCUSSÃO
Jair Bolsonaro, presidente e pré-candidato à reeleição pelo PL: “Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos. É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento. Falar que não são esses e muitos outros atos violentos mas frases descontextualizadas que incentivam a violência é atentar contra a inteligência das pessoas. Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão, será mais grave do que fatos concretos e recorrentes. Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 hora por dia.”
(Da Redação com portais nacionais)
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