“Os meus olhos não são o bastante para mim. Eu vejo através dos olhos de outros. A realidade, mesmo vista através dos olhos de muitos, não é o bastante. Eu verei o que os outros inventaram. Mesmo os olhos de toda humanidade não são suficientes. Lamento que os animais não possam escrever livros.” (C. S. Lewis)
Usiel Carneiro de Souza*
A leitura tinha esse significado para Lewis. E isso aponta para a possibilidade de que a alma humana não seja mesquinha, ensimesmada. Viemos de Deus, daquele que é a expressão imbatível da amplitude do ser. Por que escolhemos nos apequenar? Por que nos medir por parâmetros tão estreitos? Por que não nos respeitarmos mais?
Ainda que não leiamos como Lewis, podemos amar uns aos outros. O amor cumpre também a função de nos ampliar. Sentimos a dor do outro. Conhecemos a vida do outro. De alguma forma habitamos seu mundo e nos apropriamos de sua história.
Para mim, se o Evangelho não nos inspira a esse crescimento, não entendemos o que lemos. Se subsidia preconceitos e rejeições, o lemos com os olhos do diabo!
* Usiel Carneiro de Souza é teólogo, administrador e pastor da Igreja Batista da Praia do Canto (Vitória – ES)
Nota da Redação: Clive Staples Lewis, comumente referido como C. S. Lewis, foi um professor universitário, escritor, romancista, poeta, crítico literário, ensaísta e teólogo irlandês.
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