
Depois de dois anos de funcionamento em regime especial, inicialmente em caráter totalmente virtual em função da pandemia de Covid e, depois, em regime híbrido, com parte dos deputados presentes fisicamente e parte de forma virtual, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo volta a realizar sessões ordinárias e de comissões de forma totalmente presencial.
Assim, deputados que costumavam ficar em suas casas ou bases no interior e participar das sessões sem a presença física, agora vão ter que estar presente em plenário para terem registrada sua presença. O novo regime passará a vigorar logo depois do feriadão da Semana Santa e atende a um requerimento feito pelo deputado Sérgio Majeski (PSDB), aprovado pelo plenário nesta segunda-feira (11).
Desde que as medidas restritivas em decorrência da Covid foram relaxadas, Majeski passou a defender em plenário o fim do regime especial híbrido das sessões. Na semana passada, em conversa com a Tribuna Norte-Leste, o deputado chegou a desconfiar de que seu requerimento pudesse não ser aprovado, já que este é um ano eleitoral e seria o melhor dos mundos para os deputados que são candidatos poderem não precisar comparecer às sessões presenciais.
A solicitação foi acatada em votação simbólica no Expediente sujeito á deliberação. “Não tem mais lógica a gente continuar com sessões híbridas quando toda a sociedade voltou a trabalhar normalmente, não tem mais uso de máscaras e o índice de vacinação é altíssimo”, argumentou Majeski.
O presidente da Casa, Erick Musso (Republicanos), falou que iria sair um Ato da Mesa nesta terça-feira (12) no Diário do Poder Legislativo (DPL) determinando o retorno das sessões e reuniões totalmente presenciais na próxima segunda, após o feriado da Semana Santa. O presidente ressaltou que a Câmara Federal já havia anunciado tal medida para a mesma data.
Gandini (Cidadania) e Iriny Lopes (PT) manifestaram-se contrariamente ao retorno presencial. O primeiro frisou que muitas empresas já se organizavam de forma virtual e disse acreditar que havia espaço na Ales para manter atividades presenciais e virtuais concomitantemente. “A gente pode medir a eficiência das comissões antes e depois do híbrido. A gente trabalha muito mais do que no presencial”, garantiu.
Ele, inclusive, é o autor do Projeto de Resolução 13/2021, que acrescenta dispositivos à Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno) para possibilitar a realização de sessões e reuniões de comissões de forma híbrida e virtual. A proposta estava na pauta com requerimento de urgência para ser votado, mas o parlamentar solicitou a baixada de pauta do pedido.
Outros deputados como Alexandre Xambinho (PSC) e Doutor Hércules (Patri) apoiaram a volta dos eventos presenciais. “Não tem mais sentido sessão virtual. As pessoas estão vacinadas. A gente respeita a tecnologia, mas o povo quer ver a gente aqui na sessão. O povo tem que vir aqui pra fazer pressão em algumas votações. Tem que acabar com a sessão virtual”, disparou Hér
cules. (Da Redação com site da Ales)
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