Personagem mais polêmico da política capixaba no final do século passado, o ex-deputado estadual José Carlos Gratz, 72 anos, quebrou o silêncio e concedeu uma longa entrevista de mais de duas horas ao jornalista Edu Kopernic no canal EdCast, onde não fugiu de nenhuma pergunta e mostrou estar com a língua tão afiada quanto nos tempos em que comandou por três mandatos a Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
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Gratz contou detalhes das prisões que sofreu, não poupou o Ministério Público e o Judiciário por terem desmembrado um processo em 80 para que ele sempre ficasse com questões pendentes. “Eu vivia no Tribunal, tinha responder a todos os processos. Mas estão caindo todos”, disse.
O ex-deputado dá nomes aos seus maiores inimigos na política capixaba, mas a um em particular destila sua fúria e promete vingança no campo político. “Não estou morto”, garante. Ele promete que vai revidar, nas cortes superiores, a tudo o que passou. Disse que foi preso junto com organizações criminosas no Rio de Janeiro. “Fiquei exilado em meu próprio País para não poder exercer meus direitos políticos. Um juiz me proibiu de voltar ao Espírito Santo, apesar de eu não ter ficado preso. Então, tive que ir para casa de amigos”, disse.
Gratz nega ser um homem rico, diz que seu único patrimônio é o apartamento em que mora na Praia do Canto e que vive de seu trabalho como corretor de imóveis – áreas maiores. A mulher advoga. Nega que tenha sido chefe de crime organizado, mas não renega seu passado de contraventor do jogo bicho, antes da política. Defende a legalização do jogo no Brasil, como sempre fez, e fala também da morte do senador Gerson Camata. “Quem matou o Camata foi a Justiça”, disse ele. Saiba porque ouvindo a entrevista.
No final, quando o jornalista pede que ele deixe um recado final aos amigos pede “lealdade”, mas quando pede um recado para seus inimigos, é direto: “Me aguardem”. Veja a entrevista completa no Canal Edcast #46. (Da Redação)
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