Por Weber Andrade*
Governador Valadares (MG) é uma cidade rica em histórias estranhas, verídicas ou não, como o caso de um avião que teria caído no rio Doce, há várias de décadas, perto da ponte da BR-116, na Vila Isa. Também foi palco de histórias como a do sindicalista Chicão e da enfermeira Aurita Machado, ambos protagonistas da Revolução Militar de 1964, que culminou em uma ditadura que os brasileiros suportaram durante décadas.
Mas, com certeza, uma das histórias mais instigantes do município outrora conhecido como “A Princesa do Vale” é a do marceneiro aposentado Plínio Bragato, que teria sido levado para um passeio (abduzido) por extraterrestres na famosa Ibituruna, principal ponto turístico da cidade
É a história dessa abdução que o jornalista valadarense Walter Andrade, narra em seu livro “A abdução de Plínio Bragato, o Mistério Ainda não Desvendado”, previsto para ser lançado no mês que vem. A obra já está sendo vendida pela Opera Editora. O livro descreve os processos de produção de uma reportagem feita por Walter em dezembro de 1996 e publicada no extinto jornal Bom Dia Leste.
A reportagem narra a principal experiência sobre abdução que se tem notícia na cidade do leste de Minas Gerais. Plínio Bragato contou a experiência em uma entrevista coletiva e a repetiu enquanto viveu, para emissoras de TV, rádio, jornais, revistas, cientistas e pesquisadores.
Na época, diversos veículos de comunicação da cidade, Estado e do país acompanharam a coletiva. Plínio Bragato, então com 74 anos, subia à pé o Pico da Ibituruna, parou para descansar, quando diz ter avistado um Objeto Voador Não Identificado (OVNI), que se aproximou, aterrissou no solo, deixou marcas na estrada de terra, e o abduziu.
A repercussão do caso levou pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), ufólogos e representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) à cidade para recolher mais informações. Dois fatos curiosos chamam a atenção:
O primeiro é um objeto semelhante a uma pedra vulcânica de cor escura, com tons grafite, esverdeada e que pesava aproximadamente 100 gramas. Segundo o aposentado, trazido de Marte. O mineral foi confiscado para estudos e nunca mais devolvido. Em uma análise preliminar feita por estudiosos constatou-se que sua origem não é terrena.
Outro fato ainda mais curioso, é que Plínio Bragato, depois de desaparecer no pico da Ibituruna, foi encontrado, seis horas depois da suposta abdução, a 20 quilômetros de distância de Montes Claros, cidade que fica a 507 quilômetros de Governador Valadares, pelo trajeto mais curto.
Entretanto, na época não havia voo regular entre as duas cidades, nem mesmo com escala em Belo Horizonte. Fazer o percurso de carro demora, aproximadamente, nove horas. O delegado de Vigilância Geral Castelar de Carvalho Leite, titular do 10º Departamento da Polícia Civil em Montes Claros, registrou o caso e a escrivã Suely Marques Mendes Leite, redigiu o Termo de Declaração de Plínio Bragato. O que confirma que o aposentado foi localizado, na data e hora mencionadas, naquela cidade.
O empresário Toninho Coelho, de Governador Valadares, foi quem recebeu o telefonema do delegado na manhã da terça-feira, 10 de dezembro de 1996. Também foi ele quem providenciou a passagem de volta para Plínio Bragato. Desenhistas da Polícia Civil fizeram o retrato falado dos supostos habitantes interplanetários e da nave espacial.
Ibituruna
O Pico da Ibituruna é um imponente monumento rochoso com 1.123 metros de altitude, localizado na região central da cidade. De qualquer parte da cidade é possível avistar a pedra. No alto, além de sítios e chalés, ficam as torres de telecomunicações, das emissoras de TV e de rádio. Além de uma imagem feita em concreto de Nossa Senhora das Graças. A imagem mede 24 metros de altura, pesa 42 toneladas e está instalada em um pedestal de 10 metros de altura.
No alto da montanha rochosa também estão instaladas duas rampas para voo livre e o local é considerado como a melhor plataforma para a prática do esporte no mundo. Era neste espaço paradisíaco que vivia o aposentado Plinio Bragato e para homenageá-lo, empresários e sitiantes decidiram instalar no alto da pedra uma réplica da espaçonave e dos seres supostamente responsáveis pela abdução.
*Com informações de Raimundo Santana (Jornal GV News) e Walter Andrade
Comente este post