Confirmando os números antecipados pela TRIBUNA NORTE LESTE cinco dias antes de encerrar o ano, a região Noroeste capixaba fechou 2021 com aumento de 23,1% no número de homicídios em relação a 2020, contrariando a tendência de queda em outras regiões do Estado, sendo que o melhor desempenho foi na Região Metropolitana com -14,1% no número de mortes provocadas em comparação com o ano anterior.
Apesar desses números altos na região Noroeste, que conta com três batalhões da Polícia Militar, o município de Barra de São Francisco mostrou números contrastantes, indicando estabilidade nos crimes contra a vida e também nos crimes de roubos e furtos, conforme dados disponibilizados pelos painéis estatísticos da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Foram oito homicídios em 2021 e sete em 2020.
“Tivemos um homicídio a mais do que em 2020, mas foi o terceiro melhor ano no índice de crimes letais nos últimos 20 anos”, disse o capitão Prattes, relações públicas do 11º Batalhão da Polícia Militar, que em 2 de julho deste ano fará 20 anos de sua instalação.
Quanto aos crimes de furtos e roubos, os números de 2021 sofreram pouca modificação em relação a 2020. No ano de 2020 foram 115 ocorrências, sendo 55 furtos em estabelecimentos comerciais, 39 em residências ou condomínio e quatro a pessoas em vias públicas. Os números são completados pelos roubos, que é quando há uso de violência na supressão de bens: foram 12 roubos a pessoas em via pública, três em estabelecimento comercial e dois em residênicas.
No ano de 2021, Barra de São Francisco fechou com 122 ocorrências, sendo 53 furtos em estabelecimentos comerciais, 34 em residências, dois a pessoas em via pública e um em transporte coletivo. O número de roubos a pessoas em via pública aumentou para 24, enquanto houve cinco roubos a estabelecimentos comerciais e três em residências.
São dois anos de pandemia da Covid, com redução de circulação de pessoas. O ano de 2022 vai dar à Polícia e às autoridades municipais uma ideia melhor sobre essa queda índices de criminalidade.
Em 2019, o último ano de normalidade (a pandemia de Covid começou em março de 2020), o município teve o registro de 207 crimes de furtos e roubos, a saber: 79 furtos em residências/condomínios, 52 furtos no comércio e 15 furtos a pessoas em via pública. Quanto a roubos, foram 42 a pessoas em via pública, 15 a comércio, três em residências/condomínio e um em transporte coletivo.
CRIMINALIDADE NO ESTADO
O Espírito Santo fechou o ano com redução de 4,2% no número de homicídios, puxado pelas reduções nas regiões Metropolitana (-14,1%) e Serrana (-7,8%). A região Sul teve aumento de 4,1 e a região Norte cresceu 4,2%. Foram 1.107 homicídios em 2020 e 1.060 em 2021. A média estadual foi puxada para baixo graças à densidade populacional da Grande Vitória, que tem praticamente a metade de toda a população do Espírito Santo, distribuída entre Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Fundão e Guarapari.
O alto índice de homicídios do Noroeste foi puxado pela elevação de 38,1% nos números da chamada AISP02, do 2º Batalhão da PM em Nova Venécia. Em 2020 foram 63 homicídios nessa região, o que aumentou para 87 em 2021. Os piores desempenhos da região ficaram com Nova Venécia (20 homicídios em 2021 contra 10 em 2020), São Gabriel da Palha (de 13 para 20), Boa Esperança (de 6 para 11) e Pinheiros (de 15 para 19).
Nos crimes de roubos e furtos, os números do Espírito Santo mostraram leve queda de 4,8% em 2021 em relação a 2020. Enquanto em 2020 foram 37.543 crimes dessa natureza, no ano de 2021 foram 35.744 ocorrências.
Uma análise interessante é sobre onde esses crimes mais se concentram. Em 2020, Vila Velha lidera as ocorrências de roubos e furtos, seguida de Serra, Vitória, Cariacica, Guarapari, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim e São Mateus. Em 2021, as duas primeiras posições foram invertidas e a liderança passou para Serra, seguida de Vila Velha, Cariacica, Vitória, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari e Linhares. (José Caldas da Costa com informações dos painéis da SESP-ES)
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