Um filho de Barra de São Francisco ganhou destaque nacional por sua atuação em uma das pesquisas mais avançadas da Força Aérea Brasileira (FAB).
O capitão engenheiro Tássio Côrtes Cavalcante, natural do município e filho do ex-prefeito Waldeles Cavalcante, integrou a equipe responsável pela missão PERIGEU — Pesquisa Estratégica de Radiação Ionizante em Grandes Extremos Ultra-Austrais —, realizada no Polo Sul, com foco na coleta de dados sobre radiação cósmica.
A participação de Tássio em uma missão de tamanha relevância chamou atenção não apenas da comunidade científica, mas também de sua cidade natal.
Nesta segunda-feira (14), o vereador Juvenal Calixto apresentou uma moção de parabenização ao francisquense durante sessão na Câmara Municipal de Barra de São Francisco.
Presente no plenário, o ex-prefeito e atual servidor da Casa Waldeles ouviu a justificativa do parlamentar, que destacou a importância do feito: “Tássio leva o nome do nosso município para o mundo ao participar de pesquisas tão significativas para a comunidade científica”, afirmou Calixto.
A missão, coordenada pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), integra um esforço estratégico da FAB para ampliar o conhecimento sobre radiação ionizante em áreas críticas — como a transição entre a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) e a região polar.
A coleta de dados foi realizada a bordo de aeronaves que partiram do Rio de Janeiro rumo à Antártida, cruzando zonas de maior incidência de radiação cósmica.
Além do capitão Tássio Cavalcante, a equipe da missão foi composta pelo professor do ITA, Dr. Maurício Tizziani Pazianotto, e pelo pesquisador do IEAv, Dr. Claudio Antonio Federico.
Os cientistas utilizaram instrumentos de medição em tempo real, com calibração feita em colaboração com o CERN — o maior centro de pesquisa em física da Europa.
Durante o experimento, também foram realizadas simulações com um fantoma antropomórfico — modelo que reproduz as características do corpo humano —, a fim de estimar a distribuição da dose de radiação nos órgãos.
Esses dados são considerados fundamentais para a avaliação dos riscos à saúde de tripulantes e passageiros de aeronaves, especialmente em voos de grande altitude.
A pesquisa integra o escopo do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e da iniciativa ERISA-D, voltada ao estudo dos efeitos da radiação em sistemas aeroespaciais e de defesa.
O estudo também contou com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN). (Da Redação, com informações da FAB)



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