A foto do presidente Lula e convidados no palanque em Linhares. no Norte do Espíriro Santo, guarnecidos por uma bandeira brasileira fala mais do que mil palavras nesse momento em que um ensandecido presidente dos Estados Unidos resolve atacar o Brasil insuflado por falsos patriotas.
Lula não poderia ter melhor aliado nesse momento.
O Presidente da República vinha sofrendo com queda de popularidade, mas a burrice de quem convenceu Trump a fazer o que fez (estabelecer uma tarifa de 50% a produtos brasileiros e ainda justificar com uma patacada que beira a ignorância – a defesa de um réu da Justiça brasileira, no devido processo legal) era a plataforma que ele precisava.
De repente, Lula se agigantou perante o mundo, que percebeu as verdadeiras intenções de Donald Trump com seus amigos da família Bolsonaro. Não há registro de ninguém no planeta que tenha concordado com o que fez o presidente dos Estados Unidos.
Acostumado com as agruras da vida, Lula dá a volta, puxa a bandeira do Brasil e mostra quem realmente a defende.
Até quem o vinha criticando pesadamente, como o presidenciável Ronaldo Caiado, governador de Goiás, mudou o discurso. Afinal, seus “co-estaduanos” (para lembrar um ex-governador do Espírito Santo) do agronegócio estão entre os mais atingidos pela manobra mais que golpista de fora para dentro.
Isso faz lembrar dois episódios da história do Brasil nos últimos 60 anos: primeiro, a Operação Brother Sam, em que os americanos mandaram frotas para apoiar o golpe de 1964 (os navios voltaram, porque o golpe, afinal, havia ocorrido sem grandes reações); segundo, uma atitude de Leonel Brizola, que era inimigo do regime de 1964, mas que se recusou a assumir a luta armada quando Fidel Castro sugeriu infiltrar soldados cubanos na Amazônia.
A soberania nacional não pode nunca estar em negociação quando grupos políticos defendem seus interesses.
DO EDITOR
Foto: Helio Filho / Secom ES
Comente este post