Embora a Polícia Civil investigue a atuação de uma milícia a serviço de comerciantes e do tráfico de drogas, formada pelos seis presos como suspeitos do sequestro e morte de Lázaro Airan, cujo corpo foi encontrado numa cova entre Guriri e Barra Nova, não haveria, em tese, essa motivação para a morte do adolescente, que não tinha passagens policiais por nenhum crime.
A informação foi passada pelo Superintendente Regional Norte da Polícia Civil, delegado Fabrício Dutra, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feria (7) em que a instituição procurou trazer a público as informações atualizadas sobre a apuração do crime.
De acordo com Dutra, a investigação em São Mateus foi um quebra-cabeças montado peça a peça. Primeiro, quando Lázarao, 17 anos, desapareceu e não foi encontrado nas primeiras 24 horas, o caso passou a ser tratado sob o protocolo de investigação de sequestro.
Imagens de câmara de segurança capturada no local onde o garoto foi sequestrado, no Centro da cidade de São Mateus, mostram pessoas envolvidas e o carro onde ele foi colocado. A partir dessas imagens, e de outras, bem como do trabalho de investigação telemática, a Polícia identificou os seis suspeitos envolvidos no crime.

Na entrevista coletiva, o perito-chefe da Política Científica, Carlos Alberto Dal-Cin, disse que os testes feitos no veículo do cabo da PM preso como suspeito no caso deram positivo para sangue. Foi recolhido material genético para realização de DNA para verificar se o sangue é de Lázaro.
Também foram encontrados cabos de fios elétricos que a Política Científica vai periciar em busca de material genético. Os fios podem ter sido usados para imobilizar Lázaro ou mesmo para enforcá-lo.
Devido ao adiantado estado de decomposição do corpo, a perícia não conseguiu definir de que forma o garoto foi morto. A Polícia Civil vai tentar tirar essa informação também dos suspeitos presos durante a segunda fase do inquérito.
“Queremos, como todos vocês, da imprensa, saber as motivações para um crime tão bárbaro. Agora, vamos trabalhar no inquérito para individualizar as responsabilidades de cada um dos seis suspeitos”, disse o delegado Fabrício Dutra. (Da Redação com SESP)
Acabou a agonia: corpo encontrado em Sâo Mateus é do garoto Lázaro
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