Uma tatuagem no pescoço e as roupas levaram a família de Lázaro Airan dos Santos a reconhecer como sendo do garoto desaparecido há quase um mês o corpo encontrado pela polícia entre o Balneário de Guriri e Barra Nova, em São Mateus.
A Polícia Civil já tinha indicativos de que Aislan estava morto e seu corpo enterrado entre Guriri e a foz do rio Cricaré. Uma denúncia anônima facilitou os trabalhos de busca.
Agora, a Polícia Civil parte para q consolidação das provas do nível de participação de cada um dos seis suspeitos presos pelo crime.
Lázaro, 17 anos, segundo fontes da Polícia, praticava pequenos crimes na região onde desapareceu e foi morto por uma milícia a serviço de comerciantes e traficantes de drogas.
RECONHECIMENTO
O reconhecimento, na manhã deste sábado (5), foi feito no Serviço Médico Legal de Linhares pela mãe do garoto, Tatiane Souza Santos, 36 anos. Ele sentou-se aliviada com o fim da agonia e de poder sepultar o corpo do filho.
O corpo foi encontrado na tarde desta sexta-feira (4) enterrado em uma cova em área de areia, em uma área de mata na região onde investigadores realizavam buscas por Lázaro.
Após a prisão do sexto suspeito de participação no crime, uma fonte da Polícia Civil havia indicado à Tribuna Norte-Leste que não havia mais esperança de encontrar Lázaro vivo e a possibilidade de seu corpo estar enterrado nessa região.
O local fica entre o Balneário de Guriri e Barra Nova, na zona rural litorânea do município. A reportagem apurou com fontes da investigação que as buscas começaram na manhã desta sexta-feira. Os investigadores chegaram ao local por meio de uma denúncia anônima.
O delegado Marcelo Cruz, titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus, já admitia haver “fortes indícios de que se trata” do corpo de Lázaro, pois as roupas do cadáver são compatíveis com a que o menino usava no dia do desaparecimento.
Na noite de quinta-feira (3), o Ford New Fiesta branco com teto preto, apontado por investigadores como o carro usado pelo cabo da PM Denis Marchiore, de 33 anos, no dia do sequestro de Lázaro, e um Siena preto, que a polícia diz pertencer a Walisson Pereira Carvalho, de 35 anos, também preso, passaram por perícia com uso de luminol.
A análise foi feita pela Polícia Científica na garagem da Delegacia Regional de São Mateus.
Todos os suspeitos presos compõem o que a Polícia Civil apurou ser uma milícia que atua em São Mateus, a serviço de comerciantes e traficantes, contra autores de furtos e roubos em determinadas regiões.
Suspeitos que já estão presos:
- O primeiro deles foi Felipe Silva Rodrigues, de 24 anos, que se apresentou na Delegacia de São Mateus, no dia 17 de junho. Conforme as investigações da Polícia Civil, ele é suspeito de ter atuado para atrair o adolescente para uma emboscada. Após a prisão dele, a corporação passou a tratar o desaparecimento de Lázaro como sequestro. Atualmente ele está preso de forma temporária, por 30 dias.
- Outros dois suspeitos foram presos no dia 26 de junho, em Guriri, balneário de São Mateus, em cumprimento de mandados de prisão temporária. A polícia não divulgou os nomes deles, mas A Gazeta apurou que se trata de Lucas Eduardo Soares Chaves dos Santos, de 24 anos, e Walisson Pereira Carvalho, de 35 anos.
- Na manhã de 1º de julho, a polícia confirmou a prisão de Yan Kryslan Pereira Dias, de 26 anos, também suspeito de participar do crime. Ele foi preso em Barra de São Francisco, escondido numa casa na Vila Landinha.
- No início da tarde do mesmo dia, o cabo da Polícia Militar Denis Machiore foi preso por ordem da Justiça na investigação do sequestro e desaparecimento do adolescente. O grau de participação do militar não ainda foi divulgado pela polícia, mas uma fonte disse que ele foi o responsável por enterrar o corpo do adolescente.
- Na quarta-feira (02), Alex Nascimento Paixão, de 24 anos, foi preso em Conceição da Barra.
Caso Lázaro: preso em Conceição da Barra o sexto suspeito de sequestro em São Mateus
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