Nos últimos dois meses, a Polícia Federal descobriu uma “criativa” rota do tráfico de drogas entre o Mato Grosso do Sul (entorpecente oriundo do Paraguai) e o Espírito Santo: por via postal, traficantes enviam a droga para pequenos distribuidores capixabas.
Graças à parceria entre o Setor de Segurança Corporativa dos Correios e a Polícia Federal no Estado do Espírito Santo, seis operações foram viabilizadas nos últimos dois meses, com foco no combate ao tráfico interestadual de drogas originárias do Mato Grosso do Sul.
Essas operações resultaram no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, com seis prisões em flagrante, ocorridas nos estados do Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, permitindo ainda a apreensão de aproximadamente 34 kg de drogas (maconha e haxixe).
A ocorrência mais recente foi na última quinta-feira (26.06), quando agentes da Delegacia de Repressão à Drogas da Superintendência Regional de Polícia Federal no estado do Espírito Santo cumpriu dois mandados de busca e apreensão. Um foi em Vitória e outro na Serra, resultando na prisão em flagrante de uma pessoa.
A investigação teve início após informações do Setor de Segurança Corporativa dos Correios darem conta de que traficantes, possivelmente, estariam utilizando o serviço de entregas realizado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) para enviar drogas para o estado do Espírito Santo.
De posse dessas informações, foram montadas ações de fiscalização nos centros de distribuição dos Correios, com a utilização de cães farejadores – Unidade K-9, e adotadas outras medidas investigativas que possibilitaram identificar o real destinatário da encomenda, viabilizando a formulação de representação por medida cautelar que foi deferida pela Justiça.
Durante o cumprimento dos mandados de busca, foram apreendidos aproximadamente 400 gramas de haxixe e um aparelho celular, e uma pessoa foi presa em flagrante. O material foi apreendido e as investigações continuam a fim de identificar o remetente e eventuais coautores.
O habixe é uma droga considerada cara, cotada a 4 mil dólares o kilograma (aproximadamente R$ 22 mil). É uma substância extraída das folhas da Cannabis sativa, uma planta herbácea da família das Canabiáceas – a mesma planta usada para produzir maconha. Porém, enquanto a maconha tem 4% de THC (tetrahidrocannabinol), o Haxixe concentra até 14%. O óleo é a parte mais forte do Haxixe.
O mercado para essa droga é grande em todo o mundo, por isso os traficantes têm investido cada vez mais em sua comercialização, a fim de aumentar o valor do lucro diante do risco do negócio ilegal.
O investigado preso no Espírito Santo poderá responder pelo crime de Tráfico de Drogas (Art. 33 da Lei 11.343/2006), com causa de aumento em razão da interestadualidade do delito (Art. 40, V da Lei 11.343/2006), com pena que pode alcançar até 25 anos de reclusão. (Da Redação com SRPF/ES)
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