Miguel Coelho disse que homem o chamou de “amigo dos monhés”, um termo racista, a horas do resultado das eleições no país
Um político do PS (Partido Socialista) de Portugal afirmou que foi agredido por um opositor de direita horas antes das eleições parlamentares no país.
Segundo Miguel Coelho, presidente da Junta da Freguesia, a subprefeitura de Santa Maria Maior, em Lisboa, o agressor era um ex-funcionário público e apoiador do partido Chega.
“Acabei de ser agredido por um indivíduo que me chamou ‘amigo dos monhés’ [pessoa muçulmana de origem asiática] e atirou-me ao chão com uma ‘pazada’ [empurrão] na cara. Gritou ‘vota Chega’”, escreveu Coelho em seu perfil no Facebook.
Em outra postagem, o político disse que não ficou ferido e que o agressor era “um indivíduo perturbado”. À agência Lusa, a Polícia de Segurança Pública confirmou que o político não registrou boletim de ocorrência e que o suspeito não foi localizado.
O presidente do Partido Socialista e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, condenou a agressão relatada ao votar nesta manhã em Telheiras, na região metropolitana de Lisboa. “Temos de responder com firmeza contra qualquer tipo de violência e de agressão”, disse o candidato.
O presidente do Chega, André Ventura, também condenou o ato de violência. “Nossa forma de revolta é o voto, não é nem com agressividade nem com comportamentos impróprios”, afirmou em entrevista a jornais de Portugal.
Eleições em Portugal
A AD, coligação de centro-direita formada pelo PSD (Partido Social Democrata) e pelo CDS-PP (Centro Democrático Social-Partido Popular), lidera as eleições legislativas de Portugal, realizadas neste domingo (18.mai.2025). Com 72,34% das urnas apuradas até as 16h45 (horário de Brasília), a coligação encabeçada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro (PSD) está com 13 cadeiras na Assembleia da República.
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